A Alemanha encerrou neste fim de semana sua era de energia nuclear. Os três últimos reatores do país foram fechados à meia-noite deste sábado (15).

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A medida tem como pano de fundo um movimento antinuclear impulsionado por vários países. Por décadas, houve promessas nesse sentido.

Inicialmente, a ideia era que as usinas fossem desativadas até dezembro. Contudo, os trabalhos ganharam uma sobrevida enquanto a Alemanha lidava com as consequências da guerra na Ucrânia. O conflito provocou uma insegurança energética no continente. Países precisaram encontrar substitutos para o gás russo.

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A aquisição de gás natural e a ativação de antigas usinas a carvão ajudaram a Alemanha a evitar a escassez de energia. Funcionários do governo insistiram, então, que era hora de cumprir as promessas de acabar com a energia nuclear.

A segurança do fornecimento de energia na Alemanha foi garantida durante este inverno difícil e continuará a ser garantida.

Ministro da Economia e Energia, Robert Habeck

Na contramão, muitos alemães não têm tanta certeza. As últimas pesquisas de opinião mostram que a maioria deseja manter esses reatores funcionando, por enquanto, mesmo que eles não apoiem a energia nuclear em definitivo. As objeções à paralisação vieram até mesmo de dentro das fileiras da coalizão governista da Alemanha.

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O movimento antinuclear ganhou força em meados da década de 1980 com o desastre de Chernobyl, quando nuvens radioativas se espalharam sobre a Alemanha. Foram décadas de disputas e reviravoltas sobre a eliminação gradual da energia nuclear.

Outros países

A França, vizinha da Alemanha, há muito tempo depende da energia nuclear — em 2021, quase 70% de sua eletricidade foi gerada dessa forma. O presidente Emmanuel Macron prometeu seguir em frente com um plano de US$ 57 bilhões para construir seis novos reatores.

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Na Polônia, a construção da primeira usina nuclear do país deve começar em 2026 e pode levar entre 10 e 15 anos.

O governo de Joe Biden, nos Estados Unidos, está entre aqueles que assumiram a posição de que o aumento da energia nuclear é uma parte importante do combate às mudanças climáticas.

Com informações do jornal The Washington Post.

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