Dino classifica ataques a escolas como “epidemia”; 225 são presos

O ministro Flávio Dino divulgou números de ações no combate a ataques às escolas, incluindo 225 presos ou apreendidos
Ana Luiza Figueiredo18/04/2023 12h26, atualizada em 18/04/2023 21h50
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, divulgou hoje um relatório sobre as ações do governo para prevenir a violência nas escolas nos últimos dez dias. Segundo o balanço apresentado, 225 pessoas foram presas ou apreendidas em casos relacionados a planos ou ações de violência no ambiente escolar.

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Além disso, 1.224 casos estão sob investigação em núcleos policiais em todo o país e 694 adolescentes e suspeitos foram intimados a prestar depoimento. Confira outros números apresentados:

  • 155 operações de busca e apreensão realizadas
  • 1.595 boletins de ocorrência foram registrados em unidades policiais
  • 756 perfis foram removidos ou suspensos por plataformas como Twitter e TikTok
  • 7.473 denúncias recebidas no canal exclusivo do Ministério, o Escola Segura

O ministro Dino afirmou que esses números mostram que não se trata de casos isolados, mas sim de uma rede criminosa estruturada e classificou os ataques e ameaças como uma epidemia. Ele defendeu o aumento da fiscalização na internet e nas redes sociais para tentar reprimir planejadores e incentivadores de ataques a escolas.

Temos 225 pessoas presas ou menores apreendidos, isso em 10 dias. Isso mostra que estamos diante de uma epidemia.

Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública

O investimento do governo para combater os ataques a escolas terá foco principal na internet e contará com um total de R$ 3,1 bilhões.

Durante a reunião do presidente Lula com chefes dos três poderes, governadores e prefeitos no Palácio do Planalto, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, concordou com a necessidade de regulamentar a internet e as redes sociais.

Ele apresentou duas propostas: maior transparência nos algoritmos das redes sociais e a extensão da obrigatoriedade de usar inteligência artificial e equipe humana para combater conteúdos como nazistas, fascistas, homofóbicos, racistas e contra a democracia.

Moraes destacou que é necessário autorregulação e regulamentação com modelos a serem seguidos para evitar a continuidade da instrumentalização das redes.

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Ana Luiza Figueiredo é repórter do Olhar Digital. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), foi Roteirista na Blues Content, criando conteúdos para TV e internet.