Parecida com as vacinas da Covid-19, precisamos, anualmente, tomar uma dose da vacina da gripe, pois ela não garante sua eficácia por mais do que um ano (baixa taxa de proteção), sem contar as mutações do vírus.

Porém, há algum tempo, os cientistas vêm avançando nos estudos da supervacina, que nos permitiria tomar uma única dose e não precisar mais ir de ano em ano nos protegermos contra a gripe.

publicidade

Leia mais:

Na última semana, pesquisadores do NIAID’s Vaccine Research Center (VRC) divulgaram o primeiro resultado de três fases de estudos clínicos em humanos. A supervacina, nomeada de H1ssF, se mostra bastante promissora, segundo os cientistas.

publicidade

“As respostas [do sistema imunológico contra a gripe] foram duradouras, com anticorpos neutralizantes observados por mais de um ano após a vacinação”, afirmaram. Eles ainda indicaram que esse pode ser o caminho para “o desenvolvimento de vacina universal contra influenza”.

Etapas

Na primeira fase, os cientistas convidaram 52 voluntários, com idade entre 18 e 70 anos, moradores dos EUA. Boa parte dos participantes recebeu duas doses da vacina, em intervalo de quatro meses entre elas.

publicidade

Os pesquisadores responsáveis alegaram que a supervacina se mostrou segura, bem tolerável e induziu amplas respostas de anticorpos. Quanto aos efeitos colaterais, os participantes tiveram reações comuns, como dores de cabeça leve, sensibilidade no local da aplicação e desconforto temporário. Não foram identificadas reações mais graves.

Diferenças entre a vacina normal e a supervacina

Hoje em dia, as vacinas:

publicidade
  • Estimulam anticorpos contra a proteína hemaglutinina (HA);
  • As fórmulas atuais atuam somente contra a “cabeça” da HA, que sofre alterações mais facilmente e impede que o sistema imunológico o reconheça sempre;
  • A supervacina poderia imunizar o sistema contra o caule (corpo) da HA, que é menos mutável;
  • Ele foi desenhado por meio de nanopartículas e a partir do vírus AH1. Pode ser que ela se torne tetravalente no futuro.

Com informações de Science Translational Medicine e NIAID

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!