Maior acelerador de partículas do mundo tem parceria renovada com a UERJ
Imagem: Belish/Shutterstock
A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) renovou a parceria com a Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Cern) nesta segunda-feira (15) para continuar a pesquisa no Large Hadron Collider (LHC) — o maior acelerador de partículas do mundo. O dispositivo fica em Genebra, na fronteira entre a Suíça e a França, e a colaboração entre as instituições já dura mais de duas décadas.
A maior equipe de pesquisadores brasileiros no Cern está envolvida com o LHC (Foto: Reprodução/Maximilien Briceti)
Renovação da parceria
Com contribuições notáveis principalmente no campo da Física, a assinatura da renovação será feita pelo reitor da Uerj, Mario Carneiro, durante uma visita à Universidade.
Carneiro destaca a importância do acordo para o estudo da Física Experimental de Partículas.
Já o pró-reitor Luís Mota, que também estará na viagem, reforça que o grupo, formado por 12 pesquisadores e coordenado pelo professor Luiz Mundim, “alcançam resultados experimentais importantes, sendo muito citados em artigos científicos”.
Além disso, os alunos colaboram com o aumento da produtividade da Uerj em vários rankings: Mundim e a docente Clemencia Mora Herrera, que também faz parte do projeto, foram mencionados na lista dos dez melhores cientistas da América Latina.
Retorno para a comunidade
Mota destaca que, apesar do alto investimento por parte dos governos europeus, as pesquisas em tecnologia, eletrônica e engenharia são revertidas para a sociedade, melhorando sistemas, processos industriais e a área médica, como no diagnóstico e tratamento do câncer.
Ele também lembra que a troca com estudiosos de outros países colabora na internacionalização da Uerj e do conhecimento, além de fomentar a pesquisa no país.
A viagem da comitiva brasileira para Genebra será custeada pela Faperj (Foto: Maximilien Brice/Cern)
O acelerador de partículas
O acelerador de partículas acelera componentes do átomos, como os prótons e elétrons, para criar “subpartículas” extremamente energéticas.
Assim, os pesquisadores podem entender processos como a formação do universo ou a composição do mundo, por exemplo.
O acelerador de prótons LHC é um dos maiores empreendimentos científicos da atualidade, levando 20 anos para ser construído e tendo um investimento de mais de US$ 80 bilhões.
Ele é composto por quatro partes.
Uma delas, o detector CMS, envolve quatro mil pesquisadores, técnicos e engenheiros de 240 instituições de mais de 50 países.
A equipe da UERJ que participa no projeto está inserida nas fases de desenvolvimento, montagem, operação e manutenção dos sistemas, e é o maior grupo brasileiro no LHC.
Descobertas
Um dos avanços no Cern, há cerca de dez anos, contou com contribuições da UERJ: a descoberta do bóson de Higgs, a “partícula de Deus”.
Futuramente, um novo acelerador de partículas, chamado de Future Circular Collider (FCC), deve ser construído na mesma região do LHC e terá capacidade de produzir colisões com ainda mais energia. Assim, os pesquisadores poderão entender como o universo foi formado a partir de um modelo que cada vez mais se aproxima do evento real, explica Mundim.
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