A partir do próximo mês, os consumidores brasileiros podem esperar por um aumento no preço da gasolina nos postos de combustíveis. Isso ocorrerá devido a uma mudança na forma de cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que resultará em um acréscimo médio de R$ 0,16 por litro, representando um aumento de 22%.

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Por que a gasolina ficará mais cara em junho:

  • Mudança no ICMS: A alteração na forma de cobrança do ICMS, com uma alíquota fixa por litro, resultará em um aumento médio de R$ 0,16 por litro na gasolina.
  • Repasse integral: A nova alíquota do ICMS será repassada integralmente para o preço da gasolina nas bombas, o que impactará no valor final para os consumidores.
  • Redução da sonegação: A mudança visa reduzir a sonegação de impostos, tornando a tributação mais transparente e controlada.
  • Estabilidade e influência internacional: A cobrança monofásica do ICMS trará maior estabilidade nos preços, diminuindo a influência de fatores internacionais, como variações cambiais e preço do petróleo.
  • Impacto na Petrobras e possibilidade de redução de preços: A redução de preços pela Petrobras, combinada com o novo ICMS, pode resultar no repasse integral da redução para os consumidores, amenizando o impacto do aumento do imposto.

O cálculo, feito pelo CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), foi apresentado pelo Poder360. De acordo com o CBIE, o aumento no preço da gasolina será resultado da implementação da nova alíquota de ICMS, que será de até R$ 1,22 por litro, conforme determinado pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) em 31 de março. Essa nova alíquota entrará em vigor em todo o país a partir de 1º de junho.

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A mudança na cobrança do ICMS fará com que o imposto seja monofásico, ou seja, cobrado em uma única etapa da cadeia de distribuição. Além disso, haverá a aplicação de uma alíquota fixa por litro de gasolina e etanol, conhecida como “ad rem”. Atualmente, a alíquota é um percentual sobre o preço do combustível, conhecida como “ad valorem”, e varia de 17% a 23% de acordo com o estado.

Segundo o levantamento realizado pela Fecombustíveis, levando em consideração o valor da gasolina em 16 de maio, cerca de 20 estados brasileiros terão aumento no preço dos combustíveis nos postos. Na segunda quinzena de maio, a parcela do ICMS na bomba variou de R$ 0,9 a R$ 1,3 por litro.

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Uma das justificativas para a mudança na forma de cobrança do ICMS é a redução da sonegação de impostos. Com a cobrança em uma única etapa, os combustíveis serão tributados apenas quando saírem das refinarias. Além disso, espera-se que essa nova regra evite o repasse de instabilidade nos preços, proporcionando uma maior estabilidade no valor da gasolina.

O presidente do Instituto Combustível Legal (ICL), Emerson Kapaz, afirmou que a cobrança monofásica com tributação “ad rem” diminuirá o risco de variações muito grandes nos preços internacionais, bem como nas oscilações do câmbio e do dólar, o que pode ser benéfico para a Petrobras.

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Vale ressaltar que a Petrobras reduziu o preço da gasolina em R$ 0,40 por litro para as distribuidoras na última semana, o que representou uma queda de 12,6%. No entanto, o repasse integral dessa redução para os postos de gasolina ainda depende das distribuidoras. Até o momento, o preço da gasolina nas bombas sofreu uma redução de apenas R$ 0,03 por litro.

Na última quarta-feira, 17 de maio, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates (PT), mencionou a possibilidade de reduzir novamente o preço da gasolina para compensar os impostos. No entanto, ele ressaltou que essa decisão será tomada no momento adequado, considerando os diversos fatores envolvidos.

Com informações do Poder360.

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