O vice-presidente da República e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), avalia que o incentivo do governo federal à indústria automobilística se soma a outros esforços para fortalecer o mercado interno.

O político participou nesta terça-feira (06) da apresentação mensal de resultados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA).

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Estamos procurando fortalecer o mercado interno. O presidente Lula fez a valorização do salário mínimo, as famílias de menor renda tiveram a isenção do imposto de renda, tivemos o lançamento do novo Minha Casa, Minha Vida, que vai gerar bastante emprego.

Segundo Alckmin, o gasto será de R$ 1,5 bilhão: R$ 700 milhões para caminhões, R$ 500 milhões para carros e R$ 300 milhões para ônibus.

O vice-presidente da República defende que o plano apresentado pelo governo federal tem bons critérios:

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Há o social, em que o crédito tributário leva em consideração o carro de acesso: quanto mais barato o carro, maior o desconto. Em segundo, há a questão ambiental: quanto melhor a eficiência energética, menos polui, maior o desconto. E tem a densidade industrial, ou seja o maior número de componentes nacionais.

O governo federal publicou nesta terça-feira a medida provisória que cria os descontos para veículos populares.

O que diz o setor

O presidente da ANFAVEA, Márcio de Lima Leite, afirmou que os R$ 500 milhões oferecidos pelo governo federal para descontos devem acabar em um mês e beneficiar de 100 a 110 mil unidades. A diminuição média no preço dos veículos deve ficar em R$ 5 mil.

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Seria interessante que o governo entendesse a importância da geração de tributos com essas vendas e pudesse ampliar os R$ 500 milhões (…) Cria-se um ambiente favorável ao aumento de vendas nesse segmento.

Ele prevê a volta dos consumidores às concessionárias imediatamente, já a partir desta terça.

Contexto

As montadoras começaram a liberar, nesta terça-feira (06), as tabelas com os preços de carros com descontos. Os novos preços vêm após o governo federal oficializar a ampliação dos “carros populares“, projeto de incentivo à compra de carros no Brasil, na segunda-feira (05).

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  • O governo federal oficializou a ampliação dos “carros populares”, projeto de incentivo à compra de carros no Brasil, na segunda-feira (05);
  • Nesta terça-feira (06), as montadoras começaram a liberar as tabelas com os preços de carros com descontos;
  • A ideia o projeto é: quanto menor for o preço do veículo, maior tende a ser o abatimento;
  • Para o consumidor, o efeito será um desconto entre R$ 2 mil e R$ 8 mil no valor de aquisição dos automóveis.

Leia mais:

A ideia é: quanto menor for o preço do veículo, maior tende a ser o abatimento. Os modelos mais baratos, que hoje custam cerca de R$ 70 mil, devem ter o desconto maior, de R$ 8 mil (11,6%). Já um modelo que custe R$ 120 mil deve ter o menor benefício (R$ 2 mil, ou 1,6%).

O projeto

O Mdic (Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) informou que a redução nos preços finais ficaria entre 1,5% e 10,96%. Após conversas com o Ministério da Fazenda, porém, o programa foi redesenhado – e a desoneração direta de tributos deu lugar a um novo modelo.

  • Inicialmente, a ideia do governo era de conceder o desconto em impostos de forma direta.
  • Depois, houve uma mudança de planos: o governo adotou os chamados créditos tributários.
  • Neste modelo, os créditos serão condicionados à aplicação do desconto na nota fiscal.
  • Em seguida, o valor do desconto é convertido em crédito para a indústria automobilística usar para abater tributos devidos.

Para o consumidor, o efeito será um desconto entre R$ 2 mil e R$ 8 mil no valor de aquisição dos automóveis. Mas as montadoras devem aplicar tabelas próprias, somando os descontos praticados no mercado atualmente.

O incentivo do governo representa um desconto entre 1,6%, e 11,6% nos valores atuais. “O desconto será em dinheiro”, disse o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Os benefícios serão concedidos até os limites de R$ 500 milhões para carros, R$ 300 milhões para ônibus e R$ 700 milhões para caminhões.

Essas cifras funcionarão como uma espécie de trava: quando os créditos atingirem esse montante, o incentivo do governo será encerrado — mesmo que isso aconteça antes dos quatro meses previstos.

Para conferir os novos preços, clique aqui.

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