Em 2013, enquanto visitava o Parque Nacional Indiana Dunes, na borda do Lago Michigan, um menino de 6 anos acabou ficando preso sob 3,35 metros de areia ao escalar uma das dunas, conhecida como Monte Baldy, e cair num buraco.
O menino caiu em um sumidouro e ficou lá por três horas até ser resgatado, enquanto isso a geocientistas, Erin Argyilan, que trabalhava pelo local, viu todo movimento e resolveu investigar o que havia acontecido. O trabalho virou um estudo publicado na ScienceDirect.
Conforme o relato de um amigo, que estava junto do menino, eles viram o buraco aberto na duna e chegaram mais perto para observar, quando um deles escorregou para dentro da cavidade que se encheu de areia logo em seguida.
Argyilan na época apontou que o que havia acontecido não fazia sentido nenhum, já que as dunas são formadas por camadas de areia acima de areia, impossibilitando que um buraco surja abaixo da superfície e se mantenha estável para depois formar um sumidouro.
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Enterrando carvalhos
Depois de algum tempo, a pesquisadora resolveu investigar o que aconteceu naquele local e como o buraco se abriu.. Ela descobriu que a duna surgiu a cerca de 4500 anos atrás e tem se movimentado com o vento ao longo do tempo. Enquanto isso acontece, ela vai engolindo carvalhos que estão ao longo da costa, alguns deles foram engolidos a menos de 100 anos.
O problema disso é que as árvores apodrecem e o espaço em que elas estavam torna-se uma lacuna estável. Usando microscopia eletrônica de varredura com espectroscopia de energia dispersiva, os pesquisadores descobriram o que causava a estabilidade dos buracos, a ponto deles existirem sem nem mesmo serem vistos da superfície.
Análises de árvores enterradas e sedimentos circundantes indicaram que os fungos saprotróficos da decomposição da madeira continuam a decompor ativamente as árvores após o enterro e a biomineralização de um cimento rico em carbonato de cálcio ocorre no contato entre o material orgânico e as areias.
Trecho da pesquisa
Quanto ao menino, ele teria sobrevivido devido a algum bolsão de ar que ficou entre ele e a base do buraco, criando um espaço abaixo dele que continuou vazio.
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