Na cidade de Praga, na República Tcheca, pesquisadores descobriram um cemitério com os restos cremados de cerca de 80 prisioneiros políticos. Os vestígios foram encontrados em uma antiga prisão chamada Pankrac e corresponde a mortes que aconteceram entre 1948 e 1965.

Os pesquisadores acreditam que os vestígios pertenciam a três grupos de pessoas: 

publicidade
  • presos políticos executadas em várias prisões da Tchecoslováquia;
  • pessoas que morreram no hospital da prisão de Pankrac; 
  • soldados que participaram da resistência anticomunista;

O local onde os restos carbonizados foram encontrados era usado para execuções entre 1947 e 1954, conforme os historiadores foram descobertos depois que uma análise do solo revelou a presença de materiais orgânicos.

Podemos assumir que estes são os restos mortais de pessoas cujas urnas foram esvaziadas aqui

Jan Marik, historiador em coletiva de imprensa

Leia mais:

publicidade

Identidade dos presos políticos

Não é possível determinar com certeza o nome das pessoas que tiveram seus restos mortais depositados no local, mas os pesquisadores apontam que eles podem pertencer a alguns presos políticos que até hoje não foram encontrados, como um jornalista executado em junho de 1950.

Para fazer essas especulações, primeiro foi preciso descobrir quais presos políticos não foram enterrados nos cemitérios de Dablice e Motol, ambos em Praga, e depois investigar quantos foram cremados e tiveram suas urnas entregues a seus familiares.

publicidade

O levantamento apontou que na maioria dos casos de cremação as urnas foram levadas até Pankrac, destas algumas foram movidas para Motol em 1965 e as restantes nunca foram encontradas. Arquivos de documentos indicam que o Ministro do Interior, em 1961, emitiu uma ordem para os restos carbonizados serem misturados ao solo, mas o porquê algumas das urnas foram destruídas enquanto outras foram guardadas e realocadas, ainda é um mistério.

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!