Desde o lançamento do ChatGPT e os avanços na inteligência artificial, as questões éticas e morais da IA versus o seu potencial ainda são um embate sem solução. Enquanto alguns especialistas defendem que a tecnologia pode nos levar a novos patamares, outros estão preocupados com os rumos das pesquisas. Um novo estudo chegou para aprofundar a discussão: uma pesquisa mostra que seria impossível controlar uma superinteligência artificial.

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Estudo

  • Publicado na revista científica Journal of Artificial Intelligence Research, o estudo assinado por pesquisadores do Instituto Max-Planck, da Alemanha, mostra que uma superinteligência artificial seria impossível de controlar.
  • Isso porque ela exigiria um conhecimento que está além do que o ser humano tem hoje.
  • Ou seja, se os criadores da tecnologia não puderem prever o que ela pode vir a se tornar, é impossível controlar os seus desdobramentos.

Superinteligência artificial

Uma superinteligência artificial é mais avançado do que a IA generativa que conhecemos hoje. Ela pode replicar a inteligência humana, tem uma memória ainda maior, uma capacidade de processamento de dados mais acelerada e ainda é capaz de tomar decisões por conta própria.

Rosto do robô com expressão de raiva e agressão, perigo dos avanços da inteligência artificial
Super IA sempre estaria um passo adiantada (Imagem: Pong Ch/Shutterstock)

Impossível definir regras

  • Segundo o estudo, “uma vez que um sistema de computador está trabalhando em um nível acima do escopo de nossos programadores, não podemos mais estabelecer limites”.
  • Assim, não é possível, por exemplo, pedir para que a IA “não machuque humanos”, se não entendermos que tipo de cenário ela criará a partir disso.
  • No exemplo dado pelos pesquisadores, se a IA quiser eliminar os humanos e os especialistas criarem um mecanismo para bloqueá-la, é possível que ela bloqueie de volta e siga com o plano.
  • Para evitar isso, seria necessário criar uma simulação dessa superinteligência artificial, o que esbarra em outros desafios.

Superinteligência artificial incontrolável não é novidade

Porém, os novos dados sobre a superinteligência artificial não são inteiramente novidade.

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Em 1936, o pai da computação, Alan Turing, já havia calculado que é logicamente impossível prever a forma com que programas de IA chegam a conclusões. Ou seja, mesmo que consigamos programá-la, não conseguimos entendê-la.

Com uma superinteligência artificial, o risco é aumentado.

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Inteligência Artificial e Cérebro Humano
Para impedir a IA de tomar o controle, especialistas defendem conter a tencologia que já temos hoje (Imagem: Reprodução)

O que fazer?

Com as capacidades da superinteligência artificial, ela estaria sempre um passo adiantada. Se tentarmos impedir que essa tecnologia destrua a humanidade com um programa de bloqueio, ela já saberia como bloqueá-lo de volta.

Assim, pesquisadores defendem que uma solução seria limitar a capacidade das IAs atualmente. Se pudermos contê-las, elas não poderão se desenvolver para fora dos nossos limites.

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Com informações de Journal of Artificial Intelligence Research

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