Aproveitando parte das novidades do Google para o sistema de mapas, o gigante das buscas anunciou a chegada de um serviço com inteligência artificial para prever inundações e incêndios no Brasil. O alerta é parecido com o de terremotos ao chegar por notificação no celular do usuário da região afetada.

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O que você precisa saber:

  • A inteligência artificial do Google já está olhando dados para prever enchentes de rios em dezenas de bacias do Brasil
  • O sistema consegue identificar o aumento do nível dos rios com até sete dias de antecedência, enviando alerta semelhante ao do terremoto
  • O Google também firmou parceria com órgãos para ficar de olho nas informações do INPE para perceber o primeiro sinal de desmatamento e incêndio
  • No Rio de Janeiro (RJ), um sistema mais preciso é capaz de prever com muita precisão quando a chuva vai começar

Com o caso do terremoto deste mês, que aconteceu nas proximidades de Miracatu (SP), o brasileiro acabou conhecendo um sistema do Google que envia alertas para pessoas próximas de possíveis desastres naturais. Poucos dias depois o gigante das buscas resolveu aumentar seu trabalho neste sentido, focando em inundações e incêndios.

No lugar do acelerômetro trabalhando para entender a movimentação típica de um terremoto, o Google utiliza um sistema de inteligência artificial capaz de prever quando inundações ribeirinhas começarão e isso em tempo real. Além da IA, a empresa também trabalha com o Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) para emitir alertas em 80 cidades de todo o país.

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Mapa com rios monitorados no Brasil (Imagem: reprodução)
Mapa com rios monitorados no Brasil (Imagem: reprodução)

Elas estão espalhadas pelos estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso e Roraima. Nestes locais, as principais bacias cobertas pelo sistema são:

  • Bacia do rio Amazonas;
  • Bacia do rio Paraguai (Pantanal);
  • Bacia do rio Doce;
  • Bacia do rio Caí;
  • Bacia do rio Muriaé;
  • Bacia do rio Acre;
  • Bacia do rio Madeira;
  • Bacia do rio Parnaíba;
  • Bacia do rio Taquari;
  • Bacia do rio Branco;
  • Bacia do rio Xingu;
  • Bacia do rio Mundaú;
  • Bacia do rio Uruguai;
  • Bacia do rio das Velhas;
  • Bacia do rio Itapecuru;
  • Bacia do rio Pomba;
  • Bacia do rio São Francisco.

Para quem quiser acompanhar o alerta mais de perto, o sistema é capaz de oferecer informações detalhadas sobre as cheias com até sete dias de antecedência. O Google afirma que de novembro até abril, o sistema emitiu 58 alertas de enchentes para o Brasil, impactando 4,4 milhões de pessoas nas regiões afetadas.

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Google está de olho nas chuvas do Rio

A plataforma responsável pelo alerta também exibe informações importantes, como para onde ir em caso de emergência. Para além das cheias, o Google já trabalha com o Instituto Nacional de Pesquisa e Espaciais (INPE), para monitorar e prever incêndios e desmatamento.

Em ambos os casos o uso de inteligência artificial consegue detectar o primeiro e menor sinal de desmatamento ou incêndio. No Rio de Janeiro o Google trabalha em parceria com o Instituto de Matemática Pura e Aplicada, o Impa, para criar modelos matemáticos capazes de prever com mais precisão a hora da chuva no Rio de Janeiro (RJ).

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