Ao contrário de carros a combustão, elétricos são mais econômicos nas cidades

Parece consenso que os carros a combustão são mais econômicos nas estradas, mas a mesma lógica não vale para os elétricos
Por Vitoria Lopes Gomez, editado por Rodrigo Mozelli 01/07/2023 06h40
Imagem mostrando dois carros populares
Carros populares vêm atualmente equipados com diversos itens, trazendo mais qualidade e conforto para os motoristas (Imagem: Lucas Gabriel MH)
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Vários fatores influenciam na eficiência de um veículo, mas, em linhas gerais, os carros a combustão funcionam melhor nas rodovias do que nas cidades.

Mas e os elétricos? Com a popularização dos modelos recarregáveis, que não usam nenhum tipo de combustível, surge a pergunta. Nesse caso, a realidade é exatamente o oposto: com uma mesma quantidade de energia, eles rodam mais nas cidades do que nas estradas.

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Carros a combustão

  • Os carros a combustão são mais eficientes nas estradas do que nas cidades por conta de seu funcionamento interno: o motor é projetado de uma forma que atinge mais eficiência em velocidades mais altas, como as das rodovias;
  • Outro fator é importante para medir a eficiência: as estradas permitem altas velocidades e fluxo de direção frequente, enquanto nas cidades os motoristas têm que frear e acelerar conforme o fluxo dos carros;
  • Toda vez que o automóvel acelera após frear, ele consome mais energia do que usaria para manter uma velocidade constante;
  • Um Toyota Corolla como motor 1.8 L, por exemplo, consome 6,2 litros em 100 quilômetros na estrada. Já na cidade, precisa de 7,9 litros de gasolina para percorrer a mesma distância.

Porsche testa motor de combustão a hidrogênio de alto desempenho na pista de Nurburgring
Mesmo com a popularização dos elétricos, carros a combustão não devem deixar de rodar no Brasil (Imagem: Divulgação/Porsche)

E os elétricos?

  • Já os elétricos movidos a bateria não usam combustível, portanto, não funcionam da mesma forma. Ainda assim, é possível esperar que eles operem de maneira similar, já que a condução na estrada não passa por tantas oscilações quanto na cidade;
  • No entanto, a realidade é o oposto;
  • O que acontece é que a capacidade dos elétricos é medida em quilowatts-hora (KWh), que equivale ao tanto que o motor consegue gastar no período de uma hora;
  • Em teoria, se um carro tem 200 KWh, pode gastar 200 KW em uma hora, 100 KW em duas horas e assim por diante;
  • Porém, não é isso que acontece: a resistência interna da bateria é que fornece a energia para o carro e, quando usada ao extremo por longo período, causa tensão no carro. Isso faz com que a bateria não forneça o máximo de energia que tem disponível, justamente para não ser sobrecarregada;
  • Já nas cidades, como o fluxo não demanda esforço grande do carro, ele fornece mais energia com a potência mais baixa e, portanto, roda mais.

Com informações de Tech Xplore

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Vitória Lopes Gomez é jornalista formada pela UNESP e redatora no Olhar Digital.

Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.