Pesquisadores da Universidade de Warwick, no Reino Unido, descreveram na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society uma nova descoberta sobre como se formam os planetas. Eles apontam que dois grandes corpos celestes no disco protoplanetário podem potencialmente dar origem a um planeta menor entre eles, o que é chamado de “formação de planetas sanduíche”.

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Descoberta pode revolucionar o que sabemos sobre a formação de planetas

  • Os pesquisadores investigaram o “ambiente de nascimento” dos planetas, áreas de gás e poeira que giram em torno de uma estrela central, conhecido como disco protoplanetário.
  • A conclusão, que não havia sido descrita até então, será apresentada no Encontro Nacional de Astronomia de 2023, realizado em Cardiff, no País de Gales.
  • O estudo aponta que entre dois grandes corpos celestes há um fluxo interno de poeira que se acumula entre eles.
  • Se essa poeira eventualmente se juntasse, então o planeta do meio provavelmente seria menor do que os dois externos, como o recheio de um sanduíche.
  • Embora mais pesquisas sejam necessárias, a teoria poderia apresentar uma possível explicação para a formação de pequenos planetas, como Marte e Urano, cada um cercado por maiores.
  • A professora associada e bolsista Dorothy Hodgkin, Farzana Meru, do Departamento de Física da Universidade de Warwick, destaca que “existem corpos sanduíche sendo formados atualmente nesses anéis. Isso é muito diferente da visão convencional, onde normalmente esperamos que os planetas se formem sequencialmente de dentro para fora do disco e fiquem cada vez mais massivos mais para fora. O que também é realmente interessante é que há exemplos que encontramos a partir de observações de exoplanetas que realmente mostram essa arquitetura ensanduichada – onde o planeta do meio é menos massivo do que seus vizinhos; é também uma proporção razoável dos sistemas”.
  • Segundo os pesquisadores, o avanço da tecnologia permitiu o acesso de imagens de alta resolução de discos formadores de planetas nos últimos dez anos.
  • Essas descobertas serviram como uma verdadeira revolução no campo de estudo, que pode agora passar por uma mudança no entendimento adotado até então.

Com informações de PHYS.ORG.

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