Um estudo da Escola de Educação Física e Esporte da USP constatou que pessoas com Atrofia Muscular Espinhal são capazes de realizar adaptações nos movimentos corporais para executar tarefas motoras. A pesquisa foi realizada por Ana Angélica Ribeiro de Lima, sob orientação do professor Edison de Jesus Manoel.

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Resultados do estudo

  • O estudo contou com a participação de nove pessoas diagnosticadas com AME, com diferentes níveis de competência motora.
  • A cada quatro meses, durante o período de um ano, os participantes enviaram vídeos realizando uma tarefa de mudança de postura: de deitado de barriga para cima para sentado, repetidamente. 
  • Foram observadas adaptações para que a tarefa fosse concretizada mesmo com as limitações motoras presentes. Elas envolviam, principalmente, a utilização dos membros superiores para se puxar pela roupa, coxa ou borda da cama, ou empurrar o colchão para auxiliar na transferência de posição.
  • Sob essa nova perspectiva, foi possível considerar que essas adaptações são como uma capacidade eficiente e inteligente do organismo para superar as limitações impostas pela doença. 
  • Para Ana Angélica Ribeiro de Lima, é importante enxergar esses corpos como capazes e criativos, tanto quanto os de pessoas sem deficiência. 
  • “É crucial compreender que não existe um ‘modo correto’ de se movimentar, uma vez que essas pessoas apresentam variações consideráveis entre si e encontram diferentes estratégias para solucionar problemas motores. Além disso, os profissionais podem se beneficiar ao ter acesso a descrições detalhadas dessas diversas estratégias, a fim de aplicá-las no tratamento de seus pacientes”, concluiu a pesquisadora. 
Estudo demonstrou que adaptações de movimentos podem superar limitações causadas pela doença (Imagem: Reprodução/EEFE)

O que é a Atrofia Muscular Espinhal?

  • A Atrofia Muscular Espinhal (AME) é uma doença progressiva que tem como sintoma principal a fraqueza muscular.
  • Ela pode ocasionar problemas de mobilidade, respiração, na fala e deglutição.
  • A causa da doença é hereditária e está relacionada a um defeito no gene produtor da proteína SMN, responsável pela sobrevivência dos neurônios motores.

Com informações do Jornal da USP.

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