Uma pesquisa apresentada nesta semana na conferência de geoquímica Goldschmidt, na França, aponta que a Lua pode ser milhões de ano mais velha do que se pensava até então. Os pesquisadores correlacionaram duas formas de calcular a idade do satélite natural e corrigiram os erros existentes neles.

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Qual é a idade da Lua?

  • Cientistas acreditam que a Lua tem pouco mais de 4,5 bilhões de anos.
  • Ela se formou quando um enorme asteroide ou corpo planetário bateu na Terra, jogando pedaços de rocha e poeira em órbita.
  • No entanto, determinar a idade da superfície lunar é alvo de discussão, já que cada método utilizado chega a um resultado diferente.
  • Um deles é a contagem de crateras, no qual é contabilizado o número de impactos na superfície lunar.
  • A partir daí, é estimado quanto tempo levaria para acumular esse total de “cicatrizes”.
  • A Lua não tem a erosão ou placas tectônicas, que apagam as crateras na Terra, então a superfície permanece relativamente inalterada ao longo de milênios.
  • Mas a contagem de crateras apresenta resultados diferentes em relação a datação que os cientistas obtiveram ao estudar diretamente as rochas lunares.
Cratera Mare Imbrium é 200 milhões de anos mais antiga do que se pensava (Imagem: Manuel Huss/Shutterstock)

Resultados da pesquisa

  • Para acabar com a discussão, pesquisadores liderados por Stephanie Werner, geóloga do Centro de Habitabilidade Planetária da Universidade de Oslo, na Noruega, examinaram amostras devolvidas da superfície lunar pelas missões Apollo, Luna e Chang’e.
  • Em seguida, contaram as crateras ao redor dos locais onde essas rochas foram originalmente encontradas.
  • “O que fizemos foi mostrar que grandes porções da crosta lunar são cerca de 200 milhões de anos mais velhas do que se pensava”, disse Werner.
  • Uma área mais antiga do que o esperado foi a Mare Imbrium: em vez de ter 3,9 bilhões de anos, essa cratera data de 4,1 bilhões de anos, relataram os pesquisadores.
  • “Isso nos permite recuar no tempo um período intenso de bombardeio do espaço, que agora sabemos que ocorreu antes da extensa atividade vulcânica que formou os padrões ‘Homem na Lua’. … Como isso aconteceu na Lua, era quase certo que a Terra também teria sofrido esse bombardeio anterior”, lembrou a geóloga.

Estudo pode ser utilizado para encontrar vida em Marte

  • O estudo realizado com a Lua também pode servir para descobertas importantes em planetas como Marte e na própria Terra.
  • Entre elas, responder uma pergunta que intriga a humanidade: existe vida no planeta vermelho?
  • Para isso, será necessário estudar amostras de rochas de Marte.

Com informações de Live Science.

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