A Inteligência Artificial (IA) tem se estabelecido como uma das tecnologias mais promissoras do Século XXI, trazendo inúmeras vantagens e transformações para diversos setores da economia. No entanto, junto com as inovações proporcionadas pela IA, surgem preocupações legítimas sobre o impacto dessa tecnologia no mercado de trabalho e a possibilidade de substituição de empregos humanos por máquinas inteligentes.

Segundo um estudo do banco de investimento Goldman Sachs, a tecnologia de inteligência artificial poderá substituir 300 milhões de trabalhadores nos próximos anos. A Europa e os Estados Unidos seriam mais impactados, com 1/4 da força de trabalho que poderia ser substituída por robôs.

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Um relatório do Fórum Econômico Mundial, elaborado em parceria com a Fundação Dom Cabral, aponta que, até 2027, a expectativa é que pelos menos 23% dos atuais postos de trabalho se modifiquem. Alguns serão criados, outros vão sofrer alguma transformação e até desaparecer.

Não podemos ir contra essa maré. A tecnologia veio para nos ajudar e, nesse sentido, muitos trabalhos serão aprimorados. Isso garante produtos e serviços bem melhores, mas outros postos serão modificados e alguns simplesmente desaparecerão. Isso faz parte de qualquer revolução e com a tecnológica não seria diferente.

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Muitas profissões serão substituídas por algoritmos, robôs e soluções. Talvez, você se lembre que para fazer qualquer transação no banco, pagar a compra em uma loja ou supermercado era necessário falar com um funcionário do caixa. Hoje, temos o autosserviço, uma máquina que lhe ajuda nesse processo.

A IA não deve ser encarada como uma ameaça exclusiva aos empregos humanos, mas, sim, como um agente transformador que pode trazer benefícios significativos. Ao automatizar tarefas repetitivas e de baixo valor agregado, os seres humanos se envolvem em atividades mais criativas, estratégicas e que demandam habilidades exclusivamente humanas, como empatia, pensamento crítico e tomada de decisões éticas.

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Candidato esperando entrevista de emprego sentados ao lado de um robô com IA (inteligência artificial)
Imagem: Stokkete/Shutterstock

Enquanto algumas profissões desaparecem, outras aparecem

Embora muitas profissões venham a desaparecer ao longo do tempo, outras estarão em alta, principalmente aquelas ligadas à tecnologia. A estimativa no Brasil é que surjam 13 milhões de novas vagas, enquanto quase 16 milhões entrem em declínio, segundo o Fórum Econômico Mundial.

Profissionais que criam soluções na prevenção de fraudes bancárias e até nos carros autônomos ou aqueles que saibam analisar uma quantidade muito grande de dados para tomada de decisões, inclusive de forma imediata, serão disputados pelas empresas. Pessoas que entendam de segurança da informação, que trabalhem com energia renovável e professores também estão nessa lista.

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Nesse aspecto, é necessário que governos, empresas e indivíduos estejam preparados para essa transição que já está acontecendo. A reciclagem profissional, o desenvolvimento de habilidades complementares à IA e o investimento em educação são aspectos cruciais para enfrentar esses desafios.

inteligência artificial na medicina
Imagem: biancoblue/Freepik

IA e humanos serão cada vez mais necessários nas empresas

Por fim, é preciso dizer que sou uma entusiasta quando o assunto é tecnologia, principalmente quando falamos em Inteligência Artificial. Estamos diante de algo que tem desempenhado um papel fundamental na evolução das atividades laborais, impulsionando o progresso, aumentando a produtividade e criando novas oportunidades.

Algumas profissões sofrerão mais com a ascensão da IA, mas ela não substitui totalmente os empregos humanos. O que está acontecendo é uma redefinição das competências e habilidades necessárias para o mercado de trabalho. A colaboração entre humanos e sistemas inteligentes é uma perspectiva necessária diante das exigências do mundo atual.

Vale destacar que a IA, juntamente com outras tecnologias disponíveis, pode aprimorar o trabalho humano, aumentando a eficiência, fornecendo insights valiosos e permitindo a tomada de decisões mais embasadas.

A adoção responsável da IA requer uma abordagem cautelosa, que leve em consideração a requalificação profissional, a ética, o investimento em educação e a colaboração entre humanos e sistemas inteligentes. Somente dessa forma poderemos aproveitar plenamente os benefícios dessa tecnologia e construir um futuro de trabalho que alie o potencial da IA com o valor intrínseco do trabalho humano.

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