Muito além dos cinemas: Mattel pode lucrar quase US$ 1 bilhão com Barbie

Filme também deve impulsionar as vendas da boneca mais famosa do mundo, além de gerar grande lucro com os licenciamentos de produtos Barbie
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 19/07/2023 12h14
Barbie e Ken andando de carro no filme da Barbie
(Imagem: Reprodução)
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A espera está acabando e o filme “Barbie” chega aos cinemas de todo o Brasil nesta quinta-feira (20). A expectativa é que a produção, que inaugura a série de filmes live action da Mattel, seja um dos grandes sucessos de bilheteria de 2023. Mas o longa também deve impulsionar as vendas da boneca mais famosa do mundo, além de gerar grande lucro com os licenciamentos de produtos Barbie.

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Licenciamentos

  • Esse modelo de licenciamento possibilita que outras empresas, que vão desde segmentos de roupas até alimentação, também possam usar a marca para desenvolver produtos por tempo limitado.
  • Apenas no mês de julho, a Mattel anunciou parcerias com oito marcas brasileiras, e novos acordos estão no radar, mesmo após o lançamento do filme.
  • Desde o começo do ano, contudo, já foram outras dezenas e mais algumas podem vir após o lançamento do filme protagonizado por Margot Robbie.
Venda da famosa boneca Barbie deve crescer com lançamento do filme (Imagem: DinosArt/Shutterstock)

Revertendo o prejuízo

  • A projeção é de que o lucro somente neste ano chegue a marca de US$ 950 milhões, mais de R$ 4,5 bilhões.
  • Se confirmado, o resultado seria quase três vezes superior do que em 2022, quando a fabricante de brinquedos lucrou US$ 394 milhões, cerca de R$ 1,9 bilhão.
  • O filme e todo o universo em volta dele chegam em um ótimo momento, já que a empresa responsável pelo “mundo rosa” vem apresentando resultados operacionais cada vez menores.
  • Os números de 2022, por exemplo, representam uma importante queda de 56% em relação ao ano anterior.
  • E mesmo 2023 está sendo negativo até o momento: no primeiro trimestre do ano, a empresa teve prejuízo de mais de US$ 106 milhões, mais de R$ 500 milhões.
  • Um cenário que vem se arrastando desde o início da década de 2010, com a diminuição da venda de bonecas e brinquedos, cada vez mais substituídos por jogos digitais.
  • Agora, o cenário é completamente diferente.
  • O presidente da Mattel, Richard Dickson, já prometeu investir pesado no universo cinematográfico da Barbie, e fontes indicam que pelo menos 45 filmes estão no radar.

Parceiros também estão lucrando

  • A expectativa de grande lucros também vale para as empresas parceiras da Mattel.
  • A C&A Brasil é uma delas, com o lançamento de uma coleção com 30 modelos diferentes e mais de 60 mil peças, femininas, masculinas, para adultos e infantis, inspiradas no universo do filme.
  • Alguns dos produtos já esgotaram.
C&A lançou coleção inspirada no filme Barbie (Imagem: divulgação C&A)
  • Já a OPI, marca de produtos para unhas da Wella Company, desenvolveu uma coleção de esmaltes inspiradas no longa.
OPI criou linha de esmaltes inspirada na Barbie (Imagem: divulgação OPI)
  • A Biscoitê é outro exemplo.
  • Ela desenvolveu um capuccino e biscoitos cor-de-rosa, além de embalagens colecionáveis, para fazer parte da experiência da “Barbie Dreamhouse” (“Casa da Barbie”) no shopping JK Iguatemi, em São Paulo.
  • E mesmo quem não fechou acordo de licenciamento tenta surfar na onda da Barbie.
  • Várias marcas simplesmente pintaram de rosa suas redes sociais e e-commerces.

Com informações de G1.

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Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.