Tratamento com colírio restaura visão e pode ajudar milhões de pessoas

Estudos estão sendo realizados para modificar a fórmula do colírio, o que pode ajudar milhões de pessoas ao redor do mundo
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 24/07/2023 14h58
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Imagem: megaflopp/Shutterstock
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Um colírio de terapia gênica pode ser usado para combater diversas doenças oculares. O medicamento foi utilizado em Antonio Vento Carvajal, de 14 anos. O menino era cego e após o tratamento voltou a enxergar. Agora, estudos estão sendo realizados para modificar a fórmula do colírio, o que pode ajudar milhões de pessoas ao redor do mundo.

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Antonio Vento Carvajal nasceu com epidermólise bolhosa distrófica, uma condição genética rara que causa bolhas em todo o corpo e nos olhos. As cicatrizes, no caso do garoto, cobriam totalmente os globos oculares, tornando o menino completamente cego.

A família do menino viajou de Cuba para os Estados Unidos em 2012 com um visto especial permitindo o tratamento para a condição dele, que afeta cerca de 3 mil pessoas em todo o mundo. O problema é causado por mutações em um gene que ajuda a produzir uma proteína chamada colágeno 7, que mantém unida a pele e as córneas.

Antonio passou por cirurgias para retirar cicatrizes dos olhos, mas elas voltaram a crescer.

Uso do colírio

  • Foi então que a família dele resolver testar um novo tratamento, chamado Vyjuvek e que usa um vírus inativado da herpes simples para reproduzir cópias funcionais do gene.
  • Os colírios foram aprovados pela Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora americana, e se mostraram muito eficazes no caso do paciente.
  • Hoje, após meses de tratamento, Antonio tem uma visão considerada “muito boa pelos médicos, e sem nenhuma presença de cicatrizes.
  • O resultado foi tão animador que agora os médicos estudam alterar o gene fornecido pelo vírus no tratamento.
  • Por exemplo, um gene diferente poderia ser usado para tratar a distrofia de Fuchs, que afeta 18 milhões de pessoas nos Estados Unidos e responde por cerca de metade dos transplantes de córnea do país.

Com informações de Medical Xpress.

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Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.