O Google responde hoje por cerca de 90% do mercado global de buscas. Ele também é o mecanismo de pesquisa padrão de quase todos os navegadores e dispositivos, muito à frente dos concorrentes Bing e Yahoo. Mas qual é o segredo por trás de todo esse domínio? Em 2018, Sridhar Ramaswamy e Vivek Raghunathan tentaram destronar o Google. Eles fundaram a Neeva com o objetivo de construir o mecanismo de busca do futuro.
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Neeva, a concorrente do Google
- Sridhar Ramaswamy e Vivek Raghunathan são ex-funcionários do Google.
- Eles desenvolveram um buscador que chegou perto de superar o Google tanto pelas métricas internas quanto em estudos de usuários.
- As pessoas que experimentaram gostaram, mas apenas quatro anos depois, Neeva fechou.
- A história dessa empresa explica a supremacia do Google na área.
Criando um novo buscador
- Os maiores desafios de desenvolver um mecanismo de buscas são tempo e dinheiro.
- A tarefa exige a construção de um banco de dados constantemente atualizado, com custos de armazenamento gigantescos.
- Além disso, a busca precisa ser quase que instantânea.
- Mas a Neeva conseguiu criar o seu sistema.
- Depois disso, passou para a próxima pergunta: o que torna uma página da Web boa?
- Foi exatamente nesse ponto que a empresa tentou superar o Google.
- Aqui havia mais um desafio gigantesco.
A complexidade das pesquisas
- Um dos trabalho mais complexos é classificar todas as páginas, em ordem, para cada consulta que seu mecanismo de pesquisa possa receber.
- Aqui você precisa também otimizar o sistema. Por exemplo, se as pessoas pesquisam por “The Rock” e “Dwayne Johnson” estão procurando a mesma coisa, mas aqueles que procuram por “The Rock” e “Rock” provavelmente não estão.
- Isso exige uma enorme biblioteca de sinônimos e semelhanças e maneiras de reescrever consultas para serem mais “pesquisáveis”.
- Segundo o próprio Google, todos os dias, 15% das pesquisas são novas e, portanto, você sempre aprenderá coisas novas sobre como as pessoas procuram coisas online.
A questão dos anúncios
- Depois de dois anos de construção, treinamento e refino o mecanismo de busca da Neeva foi finalmente alimentado inteiramente por sua própria tecnologia.
- Agora, uma nova questão aparecia: o modelo de negócios do Google não era satisfatório.
- Ramaswamy e Raghunathan acreditavam que o modelo publicitário não produziria um bom conteúdo a longo prazo.
- De fato, os anúncios também diluem a qualidade de uma pesquisa.
- Quando você digita algo no Google, a primeira coisa que aparece é algo que outra pessoa quer que você veja; a segunda é o que você está buscando.
- Por isso, a ideia da Neeva era exibir o menor número de anúncios possível, colocando a experiência do usuário em primeiro lugar.
- O sistema era limpo e simples, e os primeiros usuários disseram que gostavam de não ser enganados a ver anúncios.
- Mas isso não era o suficiente.
Google: um negócio bilionário
- O Google supostamente paga à Apple até US$ 15 bilhões, quase R$ 71 bilhões, por ano para ser o mecanismo de busca padrão no navegador Safari.
- A empresa também paga cerca de US$ 450 milhões por ano, mais de R$ 2 bilhões, ao Mozilla para ser o principal mecanismo de busca no navegador Firefox.
- O Android é o sistema operacional móvel mais popular do planeta, comandando cerca de 78% de participação de mercado.
- O Chrome é o navegador mais popular, com cerca de 62%.
- O Google é o mecanismo de busca padrão quase impenetrável em ambas as plataformas.
- E a Neeva sentiu isso na pele.
Fim da aventura Neeva: o Google venceu (de novo)
- Em abril de 2023, a empresa anunciou que estava fechando definitivamente seu mecanismo de busca.
- Os desenvolvedores do sistema afirmaram que “não há mais um caminho para criar um negócio sustentável na busca do consumidor”.
- A receita do Google no ano passado comprova isso: US$ 160 bilhões, o equivalente a mais de R$ 756 bilhões.
- A Neeva acabou sendo adquirida pela gigante de software de negócios Snowflake, migrando totalmente para o setor de inteligência artificial.
- Estava claro para todos: não se pode vencer o Google.
Com informações de The Verge.
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