Asteroides potencialmente perigosos detectados por algoritmo

O algoritmo permite que asteroides sejam descobertos a partir de observações realizadas em diferentes dias por um mesmo telescópio
Por Mateus Dias, editado por Lucas Soares 01/08/2023 17h35, atualizada em 02/08/2023 21h10
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Os asteroides têm chamado a atenção da humanidade recentemente por dois motivos, eles podem oferecer oportunidades econômicas, como a mineração, e colidirem com a Terra, o que seria devastador. Assim, encontrar esses objetos tem se tornado importante, e agora os cientistas possuem um algoritmo para ajudá-los nessa busca.

Para detectar novos asteroides, os pesquisadores geralmente utilizam telescópios especializados como o ATLAS, na Universidade do Havaí. No entanto, para conseguir encontrá-los, geralmente é preciso obter imagens do mesmo trecho do céu quatro vezes em uma única noite, até mesmo aqueles que chegam mais perto da Terra, a 8 milhões de quilômetros, conhecidos como potencialmente perigosos.

Com o novo algoritmo, chamado de HelioLinc3D e desenvolvido por Ari Heinze, é possível encontrar um asteroide a partir de dados de observações de um mesmo telescópio espalhadas por vários dias.

Asteroide detectado

Esse algoritmo já encontrou seu primeiro asteroide potencialmente perigoso, o 2022 SF289. A primeira observação dele aconteceu em 19 de setembro de 2022, tendo sido observado apenas uma vez na noite. No entanto, o ATLAS conseguiu observá-lo mais três vezes em outras duas noites, permitindo que o HelioLinc3D conseguisse detectar o objeto.

Apesar do 2022 SF289 possuir 180 metros de comprimento e passar a cerca de 225 mil quilômetros da Terra, é quase improvável que ele colida com o planeta em algum momento do futuro. 

Após o algoritmo encontrar o objeto, a descoberta foi confirmada por outros telescópios especializados em encontrar asteroides, como o Catalina Sky Survey e o Pan-STARRS. O sistema , no entanto, foi projetado para funcionar em observatórios muito mais poderosos, como Vera C. Rubin, que entrará em operação no Chile no início de 2025 e irá requerer apenas duas capturas por noite para encontrar objetos como o 2022 SF289.

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Redator(a)

Mateus Dias é estudante de jornalismo pela Universidade de São Paulo. Atualmente é redator de Ciência e Espaço do Olhar Digital

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.