Meio lagartixa, meio aranha: robô consegue escalar paredes e andar por tetos

O robô Magnecko tem quatro patas de ímãs eletropermanentes que permitem escalar paredes e andar de ponta cabeça em tetos; confira o vídeo
Por William Schendes, editado por Bruno Capozzi 02/08/2023 14h55, atualizada em 03/08/2023 21h03
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Uma equipe de oito estudantes de engenharia do Instituto Federal Suíço de Tecnologia (ETH), em Zurique, criou um robô de quatro patas capaz de escalar paredes e andar por tetos.

Chamado de Magnecko, ele é inspirado nas lagartixas. Enquanto o animal usa microestruturas de cerdas — semelhantes a pequenos pelos — para escalar as paredes, o robô usa módulos de ímãs eletropermanentes desenvolvidos pelo instituto.

De acordo com o site do projeto, o Magnecko é desenvolvido pensando em ambientes industriais e marítimos que precisam ser regularmente inspecionados.

Embora existam muitas soluções para inspeções visuais remotas, muitas vezes elas falham em espaços confinados e estreitos. Nosso robô magnetko foi projetado para atender a essas restrições.

Site do Magnecko.

Cada módulo de “patas” do robô é composto por vários ímãs. Quando magnetizados, esses módulos conseguem suportar até 2,5 vezes o peso total do robô, possibilitando que ele ande pelo teto. 

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Como informa o New Atlas, o Magnecko precisa ser controlado por alguém com um dispositivo portátil, que indica onde ele deve ir. Após o caminho ser definido, o robô consegue seguir a rota por conta própria.

Futuramente, o plano dos estudantes é que ele consiga definir seu caminho de forma autônoma e realizar mais tarefas além de inspecionar as estruturas, como manutenção, reparos ou vigilância.

Planejamos preparar o robô para o trabalho de inspeção primeiro, mas nada impede que ele faça manutenção autônoma ou reparos operados remotamente no futuro. 

Ele pode suportar cargas úteis de vários quilos e, com sua configuração estilo inseto, pode se posicionar facilmente conforme necessário. A vigilância também é um caso de uso muito interessante, pois o robô pode ficar parado em um local por várias horas para executar uma tarefa, graças aos pés magnéticos especiais que não requerem energia para permanecer magnetizados.

Nicolas Faesch, membro da equipe responsável pelo desenvolvimento do Magnecko.

De acordo com a equipe responsável pelo projeto, já há conversas com o mercado para a realização de testes com o Magnecko.

Com informações de New Atlas.

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Jornalista em formação pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Mesmo com alguns assuntos negativos, gosta ficar atualizado e noticiar sobre diferentes temas da tecnologia.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.