O período definido como pré-história se inicia com o surgimento dos primeiros hominídeos e se encerra com o desenvolvimento da primeira forma de escrita, dando início aos estudos da história. Mas você já se perguntou, qual foi o registro escrito mais antigo encontrado?
Evolução da escrita
A mais antiga forma de comunicação já encontrada são as pinturas rupestres em cavernas espalhadas pelo mundo. Elas serviam para registrar as experiências ou eventos vividos pelos primeiros humanos. Mas elas não são vistas exatamente como mensagens linguísticas e sim como representações artísticas.
No entanto, se essas imagens começam a representar sempre os mesmos significados, como um círculo com linhas saindo dele representando um sol, elas começam a se tornar pictogramas. Desde que outras pessoas entendam esses símbolos e consigam reproduzi-los, eles funcionam como uma forma de comunicação, um exemplo é usar um garfo e faca para indicar um restaurante.
Esses pictogramas representam geralmente coisas da natureza ou que existem no mundo, mas que passam a significar coisas abstratas, como o círculo com linhas além de indicar o sol também passa a representar o calor e a luz, então ele se torna um ideograma.
Acredita-se que a maioria das línguas antigas tenham começado dessa forma, com representações mais simples de pictogramas e ideogramas. Quando símbolos passam a ser utilizados para representar palavras específicas, eles se tornam logogramas, que foram a base de muitos outros sistemas escritos.
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E qual foi a primeira escrita?
A forma mais antiga de escrita já encontrada é uma pequena tábua de calcário com símbolos pictográficos que data de cerca de 3500 a.C. O artefato é conhecido como “tabuinha de Kish”, e foi encontrada em uma antiga cidade suméria com o mesmo nome, no atual Iraque. O registro é um ponto intermediário entre a protoescrita e a escrita silábica cuneiforme.
O cuneiforme foi o sistema escrito mais difundido e significativo no antigo Oriente Médio, tendo sido usado pelos sumérios, assírios, acadianos e babilônios. Ela foi criada usando recuos em forma de cunha na argila úmida que representavam sílabas faladas e quando reunidas formavam palavras.
Esse sistema foi usado por quase 3 mil anos e produziu centenas de milhares de tabuletas, encontradas pelos arqueólogos apenas no século 19, para só assim poderem ser decifradas e traduzidas.
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