Criminosos virtuais estão comercializando informações sigilosas sobre a Amazon em plataformas digitais como o Telegram e até mesmo o Facebook. Entre os serviços oferecidos indevidamente estão a remoção de análises negativas deixadas por clientes e também informações sobre concorrentes diretos.
De acordo com matéria publicada pela CNBC, cibercriminosos estão usando mensageiros como o Telegram e o WhatsApp, e também grupos do Facebook, para oferecer esses serviços a comerciantes que usam o sistema de marketplace da Amazon — que permite a pequenos e médios lojistas divulgarem seus produtos na vitrine virtual do e-commerce.
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Atualmente, cerca de 60% de todas as vendas da Amazon são de marketplaces, que pagam taxas por vendas para a gigante do e-commerce.
Esses serviços são vendidos por preços que variam entre US$ 200 e US$ 400, e são oferecidos com o nome de “Amazon Magic”, ou “mágica da Amazon”.
No Telegram, é possível comprar informações sigilosas da Amazon
Um dos grupos, com mais de 13 mil usuários, oferece informações confidenciais sobre concorrentes como se fosse um simples serviço de inteligência para aumentar as vendas dentro da Amazon.
Em muitos casos, esses serviços se disfarçam de ofertas que são consideradas legítimas. Como, por exemplo, a possibilidade de recuperar uma conta que foi perdida por algum tipo de desrespeito às diretrizes de uso da plataforma. Esse processo pode ser longo e custoso, e as contas perdidas só são recuperadas caso seja provado que nada errado foi cometido, ou se a pessoa admitir a culpa e consertar a falha apontada.
No Telegram, no entanto, basta enviar uma mensagem privada para ganhar acesso a uma página interna da Amazon com detalhes da própria conta e informações de como a Amazon enxerga o vendedor em questão. Para quem tem alguma pendência a resolver com a empresa, é uma excelente maneira de adiantar os trabalhos e saber de antemão o que é preciso fazer para restaurar uma conta perdida.
Fraudes são um problema antigo; empresa diz combater
Não é de hoje que a Amazon enfrenta problemas com vazamentos internos: uma reportagem de 2018 do Wall Street Journal detalhou como funcionários na China vendiam informações confidenciais e até apagavam análises negativas de produtos mediante a pagamentos entre US$ 80 e US$ 2 mil.
A empresa diz contar com uma equipe responsável por monitorar funcionários suspeitos de vazar dados, mas aparentemente os esforços não são o suficiente para evitar totalmente esse vazamento de informações.
“Não há espaço para fraudes na Amazon e vamos continuar perseguindo todas as medidas para proteger nossas lojas e responsabilizar os maus funcionários”, disse a representante Christy Distefano, da Amazon, ao CNBC.
Via CNBC
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