O Google quer proteger a propriedade intelectual de autores, artistas e todo tipo de criadores quando inteligência artificial é levada em jogo, mas o gigante das buscas não pensa exatamente assim para seu treino. A afirmação apareceu durante uma revisão para a regulamentação do uso de IA, acontecendo neste momento na Austrália.

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O que você precisa saber:

  • O Google, assim como outras Big Techs, está lidando com a regulamentação do uso de inteligência artificial
  • Em um comentário para um destes projetos, na Austrália, o gigante das buscas adicionou uma proposta de ferramenta para que detentores de direitos autorais removam seus conteúdos do treinamento de IA
  • Não está claro como esta ferramenta para sumir do radar da IA funcionará, mas ela pode ser um padrão de mercado respeitado por outras empresas
  • No mesmo texto o Google diz que é necessário encontrar um acordo justamente para o treinamento dos robôs e o conteúdo protegido precisa ter algum tipo de acesso liberado

O recente boom da inteligência artificial é assustador, até por levar pouco tempo para o ChatGPT 4 ser lançado e com ele ultrapassar com folga o limite de 3 mil palavras por texto do 3.5, chegando em 25 mil delas na versão mais recente. Além disso, ele é mais preciso, criativo e colaborativo com o que o usuário pede, além de ser capaz de descrever uma imagem em detalhes muito pequenos.

Para chegar neste ponto, seja o ChatGPT ou qualquer outra ferramenta de IA, a solução precisa analisar um número enorme de fontes. Quando mais analisa, mais precisa é a informação oferecida no final e a inteligência artificial erra menos.

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Neste caminho muitos países buscam meios para regulamentar o uso da tecnologia e na Austrália, o Google comentou, segundo o jornal The Guardian, que é preciso chegar em um acordo para o uso de material protegido por direitos autorais durante o treino de inteligências artificiais, como a dele que tem nome de Bard e já está disponível no Brasil.

Google não diz como ferramenta para IA funcionará

Ao mesmo tempo, o gigante das buscas propõe que entidades possam ter uma espécie de botão para remover o conteúdo desta análise e aprendizado de máquina. Com isso o Google consegue manter o número de treinamentos em patamares elevados, enquanto também protege quem prefere não servir de base para uma ou outra IA.

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O comentário feito pelo Google para a proposta de regulamentação na Austrália acontece justo em um momento onde é levantada a possibilidade de pagamento, liberando o acesso ao conteúdo protegido por direitos autorais e que são importantes para que qualquer IA consiga ser mais eficiente nas respostas e textos.

A intenção é muito positiva para quem vive de produção, seja ela qual for, mas pode ser pouco útil de fato. O treinamento de redes neurais para IA é veloz e quando entra de vez dentro de uma fonte, é possível notar um aumento surpresa na audiência de um texto, por exemplo, mas uma empresa de inteligência artificial pode atrasar seu desenvolvimento para não dar essa sensação – não alertando o detentor do direito que seu conteúdo faz parte de treinamento naquele momento.

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Ou então ela pode já ter coletado todas as informações necessárias no momento em que disse ter parado de fazer a varredura.

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