O conselho de ética do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) decidiu arquivar o processo aberto em julho contra a propaganda da Volkswagen que recriou a cantora Elis Regina com inteligência artificial. Segundo informações do G1, a decisão do órgão foi motivada por manifestações contrárias e favoráveis de consumidores. 

O que aconteceu? 

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  • A VW lançou em julho uma propaganda para comemorar os 70 anos da empresa no Brasil; 
  • O comercial mostrou um dueto entre Elis, que morreu em 1982, e a filha dela, Maria Rita; 
  • Ambas apareciam dirigindo um famoso veículo da marca, a Kombi, já apresentando também uma nova versão moderna e 100% elétrica, a ID.Buzz; 
  • O vídeo utilizou uma técnica conhecida como “deepfake” para criar uma montagem realista do rosto da cantora; 
  • Na internet, a propaganda viralizou, com diversos usuários dividindo opiniões sobre ética, respeito e IA. 

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O colegiado considerou, por unanimidade, improcedente o questionamento de desrespeito à figura da artista, uma vez que o uso da sua imagem foi feito mediante consentimento dos herdeiros e observando que Elis aparece fazendo algo que fazia em vida. 

Comunicou o Conar. 

Sobre o uso de deepfake, o Conselho considerou diversas recomendações de boas práticas existentes sobre o tema, “bem como a ausência de regulamentação específica em vigor”. 

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A transparência é princípio ético fundamental e, no caso específico, foi respeitada, reputando que o uso da ferramenta estava evidente na peça publicitária. 

Em nota, o Conar acrescentou que o processo tramitou com ampla defesa “por meio de manifestação da VW e sua agência, a AlmapBBDO” — responsável pela propaganda. Entenda mais aqui sobre no que se baseou o processo. 

A Volkswagen comemorou a decisão, reforçando sentir orgulho da marca e “sua estratégia mundial de ser uma empresa cada vez mais humana e próxima das pessoas”.

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