A SpaceX já está no radar do Departamento de Justiça dos Estados Unidos há algum tempo por discriminações no processo de contratação. Uma ação movida na quarta-feira (23) acusou a empresa de desencorajar pessoas refugiadas e asiladas no país de se candidatarem para vagas de trabalho, usando de justificativas falsas de que a companhia só poderia empregar cidadãos estadunidenses ou residentes permanentes legais. Elon Musk, CEO da SpaceX, inclusive reforçou o desencorajamento em redes sociais.
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Processo contra a SpaceX
O Departamento de Justiça (DOJ) acusou a empresa de Elon Musk de discriminar asilados e refugiados no processo de contratação ao impor requisitos falso durante setembro de 2018 a maio de 2022.
Algumas pessoas asiladas e refugiadas se inscreveram de qualquer forma e, segundo o processo, a SpaceX “se recusou a contratar”.
O DOJ ainda menciona que a companhia fez afirmações falsas ao alegar que só contrataria cidadãos ou residentes legais por conta das leis de exportação dos Estados Unidos.
SpaceX no radar
- Segundo o site The Verge, não é de agora que a SpaceX está na mira do DOJ.
- No início de 2020, a Seção de Direitos dos Imigrantes e Funcionários (IER) do órgão já havia instaurado uma investigação com a suspeita de que a empresa estaria discriminando contratações por conta do status de imigração ou pela cidadania do candidato.
- Na época, a companhia de Musk não entregou a documentação necessária para a investigação seguir em frente. Pouco tempo depois, o bilionário fez afirmações falsas no X (antigo Twitter).
- A empresa cedeu e entregou a papelada só um ano depois e o IER afirmou que “encontrou motivos razoáveis para acreditar que a SpaceX se envolveu num padrão ou prática de práticas laborais injustas relacionadas com a imigração”.
E agora?
A investigação do DOJ concluiu que a SpaceX realmente assumiu práticas injustas e violou leis dos Estados Unidos.
Nossa investigação descobriu que a SpaceX não considerou ou contratou de forma justa asilados e refugiados por causa de seu status de cidadania e impôs o que equivale a uma proibição de sua contratação, independentemente de sua qualificação, em violação da lei federal.
Kristen Clarke, procuradora-geral assistente de a Divisão de Direitos Civis do DOJ, em comunicado
Agora, o órgão buscará compensação para os asilados e refugiados que tiveram seus empregos negados pela empresa, com um valor ainda a ser definido. Além disso, o DOJ está encorajando essas pessoas a contatarem a organização caso tenham passado por um episódio desse na SpaceX.
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