A sonda Solar Orbiter da Agência Espacial Europeia (ESA) observou explosões minúsculas até então desconhecidas na superfície do Sol expelindo plasma para o espaço. A descoberta, publicada na revista Science, pode significar um grande avanço no entendimento sobre o chamado vento solar, composto por partículas carregadas lançadas pelo Sol.

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Solar Orbiter identificou jatos de plasma ejetados pelo Sol

  • Durante décadas, o vento solar foi associado a estruturas chamadas buracos coronais, que são manchas escuras que aparecem acima da superfície do Sol à medida que seu campo magnético se estende até o sistema solar.
  • O plasma pode fluir ao longo dessas linhas de campo magnético para o sistema solar, criando o vento solar.
  • Mas como exatamente esse plasma é lançado ainda é motivo de muitos questionamentos.
  • Mas agora, ao observar de perto a atividade solar, a Solar Orbiter identificou jatos de plasma sendo ejetados da coroa do Sol.
  • Cada um deles tem algumas centenas de quilômetros de comprimento, atingindo velocidades de cerca de 100 km por segundo e durando de 20 a 100 segundos.
  • Mas em comparação com outras explosões solares, elas liberam muito menos energia, segundo informações da New Atlas.
  • Ainda assim, podem representar um avanço no entendimento sobre o fenômeno.
  • “Um dos resultados aqui é que, em grande medida, esse fluxo não é realmente uniforme, a onipresença dos jatos sugere que o vento solar de buracos coronais pode se originar como um fluxo de saída altamente intermitente”, disse Andrei Zhukov, pesquisador principal da campanha de observação da Solar Orbiter.
  • Mais observações são necessárias para melhor compreensão desses fenômenos, bem como da natureza do vento solar.
  • “É mais difícil medir algumas das propriedades desses pequenos jatos ao vê-los de perto, mas em alguns anos, vamos vê-los de uma perspectiva diferente de qualquer outro telescópio ou observatório, então juntos devem ajudar muito”, disse Daniel Müller, cientista do projeto da ESA para a Solar Orbiter.

Vento solar: o que é?

  • O vento solar é um fluxo permanente de partículas que são formadas essencialmente por prótons e elétrons.
  • Essas partículas são ejetadas pelo Sol a todos os momentos, em várias direções e em alta velocidade, que chega a variar de 300 a 800 Km/s.
  • As mais velozes das partículas saem da coroa, que é a parte mais externa da atmosfera do Sol.
  • Elas fluem por meio de buracos coronais, nos locais nos quais as linhas do campo magnético solar não conseguem se fechar.
  • O vento solar funciona como uma forma de cata-vento de partículas, junto com os campos magnéticos, que são levados para o espaço interplanetário.
  • Além disso, as erupções solares e as liberações de altas quantidades de matéria da atmosfera solar, vindas da coroa, podem gerar efeitos no vento solar, fazendo com que grande parte da matéria dos ventos e campos magnéticos sejam arremessados para o espaço a fora.

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