Tesla permite retirar as mãos do volante e gera reações nos EUA

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Uma nova atualização no sistema de direção autônoma da Tesla permite que os motoristas não coloquem as mãos no volante do carro elétrico por um maior período de tempo. A novidade, no entanto, gerou preocupações nos órgãos fiscalizadores. A Administração Nacional de Segurança de Tráfego Rodoviário dos Estados Unidos determinou que a empresa informe quantos veículos receberam essa atualização e quais os protocolos de segurança envolvidos.

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Segurança dos motoristas em risco?

As autoridades americanas estão receosas que esse seja o início de um projeto mais amplo, que permita a condução sem colocar as mãos no volante em todos os novos veículos da Tesla.
“A Administração Nacional de Segurança de Tráfego Rodoviário dos Estados Unidos está preocupada que esse recurso tenha sido introduzido nos veículos de consumo e, agora que a existência desse recurso é conhecida do público, mais motoristas podem tentar ativá-lo”, disse John Donaldson, conselheiro-chefe interino da agência.
Ele ainda destacou os possíveis riscos envolvidos no novo sistema, segundo informações da Tech Xplore.
“O relaxamento resultante dos controles projetados para garantir que o motorista permaneça envolvido na tarefa de direção dinâmica pode levar a uma maior desatenção do motorista e falha do motorista em supervisionar adequadamente o piloto automático”.

Tesla precisará prestar esclarecimentos

A determinação da Administração Nacional de Segurança de Tráfego Rodoviário dos Estados Unidos prevê que a Tesla descreve as diferenças na atualização do software, “incluindo a quantidade de tempo que o piloto automático pode operar sem solicitar ação humana e quaisquer avisos que são apresentados ao motorista”.
A montadora também deverá explicar por que instalou a atualização e qual foi o processo de escolha dos consumidores que receberam o novo sistema.
A empresa de Elon Musk ainda não se posicionou oficialmente sobre o assunto.
Se não houver resposta, a Tesla pode ser multada em mais de US$ 131 milhões, cerca de R$ 637 milhões.

Investigações em andamento

O pedido do órgão fiscalizador dos Estados Unidos ocorre no momento em que a Tesla é investigada por uma série de acidentes envolvendo o sistema de direção autônoma da empresa.
No total, a fabricante de veículos elétricos responde por mais de 30 investigações sobre possíveis falhas em suas tecnologias apenas em território norte-americano.
Os acidentes envolvendo os carros elétricos resultaram em 23 mortes desde 2016.
A Tesla nega qualquer responsabilidade nos casos e garante que o piloto automático é seguro quando monitorado por humanos.
A empresa de Elon Musk ainda disse que os motoristas devem prestar atenção à estrada e manter as mãos no volante: “não há carros autônomos na estrada hoje”, disse a fabricante de veículos elétricos, o que não parece mais ser a regra a partir das novas atualizações do sistema.

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