Acesso digital e preservação da Amazônia: o acordo entre Banco Mundial e BID

Acordo de quatro anos prevê auxílio para populações da Amazônia, além de ajuda financeira em caso de desastres naturais na América Latina
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 01/09/2023 12h18
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Imagem: Al'fred/Shutterstock
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O Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) prometeram auxiliar nos esforços para a preservação da floresta amazônica. As entidades firmaram um acordo nesta quinta-feira (01) que prevê o aumento do financiamento ao desenvolvimento e ao combate às mudanças climáticas e outras crises globais na América Latina.

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O que foi prometido

  • O acordo de quatro anos foi assinado pelo presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, e pelo presidente do BID, Ilan Goldfajn.
  • As duas entidades já haviam prometido em junho, durante uma viagem conjunta ao Peru e à Jamaica, aprofundar a cooperação nos esforços de desenvolvimento de ações de preservação da floresta amazônica, apoio a populações atingidas por desastres no Caribe e acesso à infraestrutura digital em toda a América Latina.
  • O memorando de entendimento estabelece que as duas instituições vão cooperar no planejamento e execução de programas e atividades em “áreas de interesse comum”.
  • Além disso, irão atuar colaborando em pesquisas, conferências, seminários de formação e divulgação de informação.
  • Os bancos também concordaram em colaborar em formas de associação com outras entidades, incluindo do setor privado.

Apoio para a preservação da floresta amazônica

Na Amazônia, Banco Mundial e BID irão apoiar os países da região em esforços para atingir o desmatamento zero, ajudando populações a terem melhores meios de subsistência e preservando a floresta.

Os esforços incluem prestação de assistência técnica aos emissores de “títulos da Amazônia” que tenham taxas de juros vinculadas a metas de preservação da floresta e transições para energias limpas. As informações são de reportagem da Reuters.

Só o Brasil, por exemplo, precisará de pelo menos 5 bilhões de dólares, quase R$ 25 bilhões, em financiamento adicional anualmente para cumprir as metas de 2028 para fim de desmatamento ilegal.

As instituições também prometeram cooperar em pacotes de financiamento para desenvolver empregos alternativos para a população da região. Dados oficiais apontam que quase 40% dos habitantes da área vivem na pobreza.

Acordo prevê financiamento para atingir desmatamento zero na Amazônia (Imagem: Gustavo Frazao/Shutterstock)

Ajuda financeira em caso de desastres naturais

O acordo firmado prevê também uma abordagem semelhante no apoio a títulos de ajuda para países do Caribe que sofrem com desastres naturais como furacões e outras catástrofes. Isso significa o oferecimento de pagamentos de seguros contra catástrofes, permitindo aos países em desenvolvimento dar uma melhor resposta aos estragos causados por fenômenos climáticos.

Por fim, os dois bancos querem aumentar o acesso aos serviços digitais em toda a América Latina e Caribe, preenchendo lacunas em zonas rurais não interligadas e promovendo um esforço de “escolas interligadas para todos” para impulsionar a educação.

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Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.