Grandes empresas fabricantes de chips semicondutores têm reclamado das restrições impostas pelo governo dos Estados Unidos para vendas de produtos para a China. Mas agora, a Nvidia e a Advanced Micro Devices (AMD) dizem estar enfrentando barreiras também para comercializar a tecnologia com países do Oriente Médio.

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A chamada guerra dos chips têm causado temores de desabastecimento de chips, além de alertas de empresas sobre os efeitos das sanções na saúde financeira dessas companhias. Recentemente, a Nvidia afirmou que a indústria americana pode não conseguir mais competir com os chineses na produção de chips semicondutores se as restrições continuarem (saiba mais clicando aqui).

Mas agora, além de estar impedida de vender os produtos para a China e a Rússia, em função da guerra na Ucrânia, a empresa reclama de novas regras que dificultam o comércio também no Oriente Médio. Segundo a The Verge, além da Nvidia, a AMD disse enfrentar o mesmo problema.

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De acordo com a Nvidia, a Casa Branca anunciou uma nova exigência de licenciamento em um documento regulatório.

“Também existem agora requisitos de licenciamento para exportar uma ampla gama de produtos, incluindo produtos de rede, destinados a determinados usuários finais e para certos usos finais na China. Durante o segundo trimestre do ano fiscal de 2024, o governo dos EUA também nos informou sobre um requisito de licenciamento adicional para um subconjunto de produtos A100 e H100 destinados a determinados clientes e outras regiões, incluindo alguns países do Oriente Médio”.

Comunicado da Nvidia

A empresa acrescentou que não previa que as restrições teriam “um impacto material imediato”. Já a AMD diz ter recebido uma carta “com restrições semelhantes”. Nenhum país foi nomeado nas restrições, e não houve explicação para a adoção das novas medidas, segundo as fabricantes de chips.

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EUA já aplicam sanções que impedem vendas de chips para a China (Imagem: William Potter/Shutterstock)

EUA não confirmam restrições para o Oriente Médio

  • O Departamento de Comércio dos Estados Unidos se recusou a comentar se havia imposto novos requisitos a empresas específicas.
  • Autoridades dos EUA geralmente impõem controles de exportação por motivos de segurança nacional.
  • Um movimento semelhante anunciado no ano passado indicou uma escalada na repressão americana às capacidades tecnológicas da China.
  • Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
  • Além disso, cidadãos americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.

Importância dos chips semicondutores

Nos últimos anos, os chips semicondutores se tornaram uma força vital da economia moderna e o cérebro de todos os dispositivos e sistemas eletrônicos, de iPhones até torradeiras, data centers a cartões de crédito. Um carro novo, por exemplo, pode ter mais de mil chips, cada um gerenciando uma operação do veículo.

Os semicondutores também são a força motriz por trás das inovações que prometem revolucionar a vida no próximo século, como a computação quântica e a inteligência artificial, como o ChatGPT, da OpenAI.

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