O satélite Aeolus fez uma reentrada ardente na atmosfera terrestre no final de julho e agora a Agência Espacial Europeia divulgou imagens da descida.
O Aeolus possuia como missão observar os sistemas atmosféricos terrestres, sendo capaz de medir a direção e a velocidade do vento em diferentes altitudes. Ele foi lançado em agosto de 2018, e estava programado para funcionar durante apenas 3 anos, mas acabou ficando em funcionamento durante quase cinco anos.
O satélite parou de operar no dia 28 de julho, após meses de preparação e uma semana de operações críticas e intensas. Depois de desligado, ele se tornou lixo na órbita da Terra e a responsabilidade de acompanhar sua descida controlada foi entregue ao Gabinete de Detritos Espaciais da ESA, que realizou uma complexa operação para garantir que tudo ocorresse bem.
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Monitorando a reentrada do satélite
A partir da trajetória estimada do satélite e do radar TIRA, do Instituto Fraunhofer, na Alemanha, a equipe da ESA conseguiu rastrear o Aeolus e ter uma boa visão da reentrada na atmosfera. Em espaçonaves ainda em operação é fácil determinar por onde ela vai passar, mas nesse caso foi completamente diferente visto que ela já não estava mais em operação. Essas observações, no entanto, confirmaram que a reentrada aconteceu conforme planejado.
Desde que o satélite foi desligado até sua queima na atmosfera terrestre, passaram-se cerca de três horas. A reentrada aconteceu próxima a Antárctica, longe de regiões habitadas, por volta das 15h40 do Horário de Brasília, no dia 28 de julho. A bola de fogo durou cerca de 2 minutos e foi a última vez que os pesquisadores da ESA viram o Aeolus.
Com Aeolus, num exemplo notável de voo espacial sustentável e operações responsáveis, permanecemos na missão o máximo que pudemos, orientando o seu regresso tanto quanto foi possível, e estas imagens são o nosso último adeus à missão que pretendemos. Todos sentiremos saudades, mas o legado continua vivo.
Tommaso Parrinello, gerente da missão Aeolus, em comunicado
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