A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) publicou nesta sexta-feira (08) o primeiro Global Stocktake, uma avaliação feita a cada cinco anos e que fornece um tipo de inventário sobre as ações contra a crise climática ao redor do mundo. O documento ainda propõem ações para melhoras e mostra que, se as iniciativas combinadas no ano passado, na convenção da Organização das Nações Unidas (ONU), forem cumpridas, o mundo pode limitar o aquecimento global a algo entre 1,7°C e 2,1°C.
No entanto, não é isso que está acontecendo e pode ser que o planeta esteja rumo a aumentar a temperatura em 2,4°C a 2,6°C.
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Global Stocktake e temperatura global
- O Global Stocktake aponta que o período para evitar que o aquecimento global supere os 1,5° C, meta estabelecida no Acordo de Paris de 2015, pode estar acabando e os países têm que agir rapidamente.
- O documento ainda revela que a ambição dos NDCs (“nationally determined contribution”, as metas de redução de emissões individuais de cada país, definidas por eles mesmos, ainda não são suficientes para atingir a meta global.
- O relatório aponta que, para cumprir o acordo, seria necessário reduzir as emissões em 43% até 2030 e 60% em 2035, para chegar ao zero em 2050. No entanto, para isso, as nações devem se esforçar mais.
- Segundo a Folha de São Paulo, o secretário-executivo da UNFCCC, Simn Stiell, afirmou que os países devem interpretar os resultados da análise para entender o que isso significa para eles, em relação às medidas que deverão ser tomadas para atingir a meta global. O mesmo vale para empresas.
Soluções para o aquecimento
O relatório destaca a necessidade de aumentar o uso de energia renovável e eliminar todos os combustíveis fósseis como forma de diminuir o ritmo de aquecimento global. Ainda, faz menções ao fim do desmatamento, degradação de florestas e conservação de locais que armazenam carbono naturalmente.
Além de ressaltar o que pode ser feito, o Global Stocktake também se dedica a investigar e apresentar os mecanismos já em curso para atingir a meta. Um dos problemas apontados é que esses esforços ainda são fragmentados, ou seja, estão sendo implementados de forma desigual ao redor do mundo.
Uma das medidas seria aumentar o financiamento público internacional das ações por parte dos países considerados desenvolvidos em prol dos “em desenvolvimento” e “realocar trilhões de dólares”.
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