Este robô pode se autodestruir derretendo o próprio corpo

Autodestruição leva cerca de uma hora e é desencadeada por LEDs ultravioletas internos que desestabilizam a composição química do robô
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 11/09/2023 15h20, atualizada em 02/10/2023 10h33
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Pesquisadores desenvolveram um robô que é capaz de se autodestruir a partir do derretimento do próprio corpo. O objetivo é que as estruturas robóticas consigam controlar seus ciclos de vida. O estudo foi publicado na revista Science Advances.

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Destruição por derretimento

  • Os pequenos robôs podem se derreter em uma poça de gosma.
  • Essa “morte” é desencadeada por LEDs ultravioletas internos que desestabilizam a composição química do robô.
  • Todo o processo leva cerca de uma hora.
  • As informações são da ScienceAlert.
cubo retangular de pernas brancas que derrete progressivamente
Processo de derretimento do robô (Imagem: divulgação/Oh et al., Science Advances.2023)

O robô

O corpo do robô de 3 centímetros de comprimento é composto de hexafluorofosfato de difeniliodônio misturado em uma resina de silicone. Esses materiais permitem que ele permaneça resistente, mas flexível o suficiente para contorções pneumáticas em uma superfície como um verme de quatro patas.

Ao contrário dos robôs convencionais com graus limitados de liberdade, esses “robôs macios” demonstram adaptabilidade funcional avançada e permitem movimentos complicados, como manuseio delicado de objetos vulneráveis ou adaptação a ambientes incertos.

Isso pode ser útil para tarefas como a entrega de drogas a alvos específicos em cantos de difícil acesso de nossos corpos, zonas de desastre ou profundidades oceânicas.

Equipado com sensores de tensão, temperatura e UV, a pequena estrutura é capaz de pegar com sucesso uma arma e medir sua temperatura, antes de recuar para uma posição segura para relatar sua descoberta e iniciar a autodestruição.

A exposição à luz ultravioleta faz com que o hexafluorofosfato de difeniliodônio se converta em flúor, enfraquecendo toda a estrutura a ponto de altas temperaturas causarem o derretimento. O líquido que sobrou, no entanto, continha íons fluoreto potencialmente tóxicos, então os pesquisadores adicionaram um composto de cloreto de cálcio para ajudar a neutralizá-los.

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Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.