Israel quer usar táxi-drone para reduzir engarrafamentos

Nesta quarta-feira (13), foi realizado o primeiro teste público com um drone para táxi aéreo sobrevoando a cidade de Jerusalém
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 14/09/2023 16h26
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Imagem: divulgação/Dronery
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Um serviço de transporte de passageiros utilizando drones. Esse é o objetivo de um experimento realizado em Israel. Nesta quarta-feira (13), foi realizado o primeiro teste público com um táxi aéreo sobrevoando a cidade de Jerusalém.

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Drones podem voar por mais de 35 quilômetros

  • O drone foi fabricado por uma empresa chinesa e decolou das instalações do hospital Hadassah.
  • O voo durou apenas alguns minutos e não levava nenhum passageiro por motivos de segurança.
  • A aeronave autônoma movida a eletricidade é capaz de voar por mais de 35 quilômetros, de acordo com os desenvolvedores da tecnologia.
  • As informações são da Tech Xplore.
Drone utilizado para táxi aéreo (Imagem: divulgação/Dronery)

Testes confirmaram segurança do serviço de táxi aéreo

As autoridades israelenses vêm desenvolvendo desde 2019 um programa para transportar passageiros e cargas através de drones. Essa tecnologia poderia ser uma solução para os persistentes problemas de tráfego no país.

Para isso, o governo de Israel prevê um investimento de US$ 16 milhões, quase R$ 78 milhões. O projeto é apoiado por empresas públicas e privadas. No total, foram mais de 20 mil voos realizados com drones de diferentes tamanhos.

O que você vê aqui é um táxi aéreo que, no futuro, será capaz de transportar pessoas de um lugar para outro. Então, se você quiser pilotar um drone de uso médico e entregas de comida ao mesmo tempo, você será capaz de fazer isso. Isso também ajudará a criar um mercado economicamente viável.

Daniella Partem, diretora sênior da Autoridade de Inovação de Israel

Segundo o governo israelense, a taxa de acidentes registrados desde o início dos testes foi baixíssima. Quando estiver totalmente desenvolvida, essa rede de drones poderia ser utilizada, inclusive, para fins médicos, como transporte de medicamentos e até amostras de sangue. Não há, no entanto, prazo para o início das operações do sistema no país.

Um dos desafios é o custo do uso dessa tecnologia. Apesar de ainda não haver um valor estimado para o serviço, os desenvolvedores acreditam que seria muito caro usar os drones para entregas de alimentos ou outros produtos mais baratos, por exemplo.

A iniciativa não é exclusiva de Israel. A França também está realizando experimentos com drones para táxis aéreos para os Jogos Olímpicos de 2024, que serão realizados em Paris.

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Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.