Os veículos elétricos se tornaram tendência nos dias de hoje. Mas eles não são, de fato, uma novidade. No Brasil, um dos primeiros carros elétricos produzidos foi o Gurgel Itaipu E-400, na década de 1980. E um desses históricos exemplares fabricados com tecnologia brasileira será leiloado, podendo ser arrematado por um valor entre R$ 80 mil e R$ 100 mil.
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Gurgel Itaipu E-400 vai a leilão
- O Gurgel Itaipu E-400 é um dos 100 modelos de veículos disponíveis para lances no 1º Leilão Veículos Antigos.
- O lance mínimo pelo elétrico está em R$ 38 mil.
- Apesar da idade, especialistas afirmam que é possível colocar o carro para rodar.
- O evento vai acontecer em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, nesta sexta-feira (15) e sábado (16).
- É possível participar presencialmente (é necessário comprar o convite, à venda na Avenida Braz Olaia Acosta, número 2010) ou de forma on-line (fazendo um cadastro prévio na plataforma oficial do leilão.
Um dos primeiros carros elétricos do Brasil
Apenas 88 unidades do Gurgel Itaipu E-400 foram fabricadas no Brasil. Uma das explicações é que o carro elétrico só foi vendido para empresas naquela época.
É um carro totalmente fora do que estamos acostumados a ver como veículo nacional, ainda mais um veículo antigo. Tem poucos, porque ele era vendido só para companhias, então é um veículo super raro.
José Paulo Parra, diretor do 1º Leilão Veículos Antigos e especialista em leilões de carros antigos
Além de ser um dos primeiros carros elétricos brasileiros, o Gurgel que será leiloado tem uma peculiaridade que o torna ainda mais raro. As informações são do G1.
E essa unidade, o atual proprietário fez um trabalho muito dedicado para conseguir regularizar a documentação dele e trazê-lo de novo para o modo elétrico. Conheço outros carros desse modelo que não constam elétrico no documento, porque passaram a ser veículos a gasolina.
José Paulo Parra, diretor do 1º Leilão Veículos Antigos e especialista em leilões de carros antigos
Problemas de autonomia
Um dos grandes problemas do Gurgel Itaipu E-400 foi a baixa autonomia. Segundo Parra, apesar de ter sido uma ideia ousada para a época, ela não funcionou.
O especialista explica que os elétricos antigos se diferenciam dos atuais porque eles tinham estrutura de um veículo comum e depois eram convertidos. Com isso, contavam, por exemplo, com tanque de gasolina, linha de combustível e espaço para radiador, o que os carros elétricos modernos não possuem.
É radicalmente diferente. Os carros elétricos modernos nascem elétricos, são pensados como elétricos desde o primeiro rascunho. Os carros antigos eram convertidos. Esse Gurgel era um carro adaptado. Por exemplo, ele não tem uma bateria específica para carro elétrico. Evoluiu demais.
José Paulo Parra, diretor do 1º Leilão Veículos Antigos e especialista em leilões de carros antigos
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