Maxmilhas, do grupo 123 Milhas, também pede recuperação judicial

Maxmilhas afirma ter uma dívida de R$ 226 milhões e alega que não estava em grave crise financeira quando a 123 Milhas recorreu à justiça
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 22/09/2023 11h45
Banner da 123 Milhas em corredor
(Imagem: Juca Varella/Agência Brasil)
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Mais um desdobramento do caso 123 Milhas. A Maxmilhas, que faz parte do mesmo grupo, pediu nesta quinta-feira (21) para ser incluída no processo de recuperação judicial. A empresa afirma ter uma dívida de R$ 226 milhões.

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Entenda o pedido da Maxmilhas

  • O pedido foi encaminhado ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
  • Além da agência de viagens, a Lance Hotéis, que foi adquirida pela Maxmilhas, também está no requerimento.
  • A empresa alegou que não estava em grave crise financeira quando a 123 Milhas recorreu à justiça.
  • No entanto, “agora está sofrendo reflexos da crise econômico-financeira que ensejou o pedido de recuperação judicial das primeiras recuperandas”.
  • Por isso, decidiu ingressar com a solicitação neste momento, segundo informações do G1.
Dívidas de todas as empresas do grupo 123 Milhas somam R$ 2,5 bilhões (Imagem: Alison Nunes Calazans / Shutterstock)

Recuperação judicial da 123 Milhas foi suspensa pela justiça

A Maxmilhas ainda solicitou o deferimento do pedido com a antecipação do seus efeitos, com um período de 180 dias de blindagem, para evitar a execução de dívidas por parte de credores.

Somados os prejuízos da 123 Milhas e das outras empresas do grupo ultrapassam a marca de R$ 2,5 bilhões. Na última quarta-feira (20), a justiça chegou a suspender provisoriamente a recuperação judicial da 123 Milhas, atendendo a um pedido do Banco do Brasil, credor da empresa.

A instituição financeira alegou que os documentos apresentados no pedido de recuperação judicial não observaram as “prescrições legais aplicáveis, que asseguram aos credores, stakeholders, Ministério Público e demais interessados na RJ o conhecimento necessário e suficiente das informações gerenciais, econômicas e financeiras da empresa”.

A recuperação judicial serve para evitar que uma empresa em dificuldade financeira decrete falência e feche as portas. É um processo pelo qual a companhia endividada consegue um prazo para continuar operando enquanto negocia com seus credores, sob mediação da Justiça.

As dívidas ficam congeladas por 180 dias e a operação é mantida.

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Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.