Carros elétricos serão quase 90% da frota mundial até 2030

Projeção do Rocky Mountain Institute ainda aponta que, em 6 anos, as vendas de carros elétricos devem saltar de 10% para 80% do mercado total
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 25/09/2023 12h20
Carro elétrico sendo carregado/abastecido
(Imagem: Pexels)
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Os carros elétricos chegaram para ficar. Embora esse mercado ainda encontre alguns obstáculos (principalmente em relação ao acesso da população em geral e à infraestrutura de recarga), uma projeção indica que os elétricos representarão entre 62% e 86% do total da frota mundial de veículos até 2030. Isso significa que eles irão desbancar definitivamente os carros a combustão até lá – e olha que não falta tanto tempo assim.

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Carros elétricos são tendência

  • A previsão é do relatório mais recente publicado pelo Rocky Mountain Institute.
  • O estudo é conhecido por fazer previsões ousadas sobre o futuro da indústria automobilística.
  • Segundo o instituto, a procura por carros movidos a combustível à base de petróleo atingiu seu pico em 2019 e, desde então, encontra-se estagnada.
  • Já o mercado de veículos elétricos cresce dia após dia.
Em cerca de 6 anos, os níveis de venda de elétricos devem saltar de 10% para 80% do mercado total (Imagem: Joenomias/Pixabay)

China lidera movimento de transição da frota mundial de veículos

O relatório aponta que a China é a maior responsável por esse aumento dos veículos movidos a bateria. Mas outros países também estão impulsionando a transição da frota de veículos mundiais.

Em cerca de seis anos, os níveis de venda de elétricos devem saltar de 10% para 80% do mercado total.

Até 2030, os EVs dominarão as vendas globais de automóveis. Se continuarmos a resolver os desafios e as vendas continuarem a subir, eles representarão entre 62% e 86% das vendas globais de automóveis até 2030, com a China a desfrutar de uma quota de mercado de pelo menos 90%.

Rocky Mountain Institute

Outro ponto levantado pelo documento é que a ascensão dos carros elétricos provocou uma reação em montadoras tradicionais de carros a combustão. De acordo com o RMI, o rápido crescimento da produção de baterias impulsionou a redução dos custos, obrigando que empresas baixassem o valor de venda dos “veículos tradicionais”.

Incentivos governamentais em prol dos veículos zero emissão, como já acontecem nos Estados Unidos e na União Europeia, também são atrativos e refletem no consumidor final.

O relatório também prevê que a era dos veículos a combustão interna deve, sim, chegar ao fim. Segundo o RMI, o pico de interesse pela modalidade foi em 2017 e, desde então, vem diminuindo 5% ao ano.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.