Entrevista: o que a ciência espera descobrir com a amostra do asteroide Bennu?

No Olhar Digital News desta segunda-feira, entrevistamos Marcelo Zurita, astrônomo e colunista do Olhar Digital
Júlia Dal Rovere25/09/2023 20h49, atualizada em 25/09/2023 21h31
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Conforme noticiado pelo Olhar Digital, a cápsula contendo uma amostra do asteroide Bennu foi entregue de forma bem-sucedida à Terra pela missão OSIRIS-REx neste domingo (24).

Esta é a primeira vez que a NASA consegue trazer fragmentos de uma rocha espacial para o nosso planeta.

No sábado (23), após sete anos de missão, percorrendo um total de 6,2 bilhões de quilômetros (entre ida, sondagem e volta), a espaçonave lançou o “pacote” na órbita da Terra a 101 km de altitude, e seguiu viagem rumo ao asteroide Apophis, de quem deve se aproximar até 2029.

Com o auxílio de paraquedas, a cápsula pousou às 11h52 (pelo horário de Brasília), no oeste dos EUA, na região desértica ao redor do Campo de Teste e Treinamento Militar de Utah. Ela atingiu velocidades de até 43.450 km/h e seu escudo térmico experimentou temperaturas de até 2.900ºC ao atravessar a atmosfera da Terra – levando aproximadamente 13 minutos para chegar ao solo.

Para nos explicar melhor a importância da missão, recebemos o Marcelo Zurita, astrônomo e colunista do Olhar Digital. Ele nos explicou o que a ciência espera descobrir com a análise dessa amostra do asteroide Bennu.

Os asteroides, meteoritos carbonáceos não sofreram metamorfose por por ação do calor, eles sofrem metamorfose por hidratação, o que significa dizer que as amostras que estão chegando do Bennu, são como se fossem peças de argila feitas com a poeira que deu origem ao Sistema Solar, então isso pode ajudar a contar muito a história do Sistema Solar e, quem sabe, até ajudar a montar o quebra-cabeça da origem da vida aqui na Terra.

Marcelo Zurita

Acompanhe a entrevista completa!

Júlia Dal Rovere
Redator(a)

Júlia Dal Rovere é estudante de jornalismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) e redatora no Olhar Digital.