Conforme noticiado pelo Olhar Digital, a NASA completou com sucesso a primeira missão de retorno de amostras de asteroides da agência. No domingo (24), a cápsula de armazenamento da sonda OSIRIS-REx pousou na região desértica ao redor do Campo de Teste e Treinamento Militar de Utah, no oeste dos EUA, contendo fragmentos de Bennu, uma rocha espacial de 525 m de largura rica em carbono.

Segundo a NASA, o invólucro foi entregue na segunda-feira (25) ao Centro Espacial Johnson (JSC), em Houston, que abriga a maior coleção de astromateriais do mundo. Lá, em um novo laboratório projetado especificamente para a missão OSIRIS-REx, especialistas em curadoria farão a desmontagem meticulosa do Mecanismo de Aquisição de Amostra por Toque e Avanço (TAGSAM) para acessar a amostra. 

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Quando o TAGSAM for retirado da cápsula, ele será inserido em um contêiner de transferência selado para preservar um ambiente de nitrogênio por cerca de duas horas, até ser totalmente desmontado.

Tudo será feito com o mais alto grau de segurança para evitar que o fragmento coletado do asteroide Bennu sofra qualquer contaminação externa e vice-versa.

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O que vai acontecer com a amostra

Concluído todo esse processo, a amostra será apresentada ao mundo em um evento especial no dia 11 de outubro, previsto para iniciar ao meio-dia (pelo horário de Brasília), com transmissão ao vivo em todas as plataformas digitais da NASA.

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Ao longo de dois anos, do fim de 2023 a 2025, a amostra será catalogada e analisada. Pelo menos 75% do conteúdo será preservado no JSC para pesquisas futuras. A equipe supervisionará a distribuição do restante para mais de 200 pesquisadores de todo o mundo, que vão investigá-la para uma variedade de propósitos.

Representação artística da sonda OSIRIS-REx coletando amostra do asteroide Bennu. Crédito: NASA

Espaçonave agora vai estudar outro asteroide

Depois de entregar a cápsula OSIRIS-REx à Terra, a espaçonave principal embarcou em uma segunda missão: chegar perto do asteroide Apophis, que antes se pensava representar uma ameaça ao nosso planeta, com possível risco de impacto (já descartado) dentro de 45 anos.

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A previsão é de que o encontro entre a espaçonave, agora chamada de OSIRIS-APEX, e seu novo alvo aconteça em 8 de abril de 2029. Desta vez, no entanto, não será coletada nenhuma amostra, tendo em vista que a cápsula de armazenamento já não está mais acoplada ao veículo.

Então, a missão OSIRIS-APEX (sigla em inglês para algo como Explorador de Origens, Interpretação Espectral, Identificação de Recursos e Segurança de Apophis) estudará Apophis por 18 meses, realizando operações de proximidade que incluirão imagens e mapeamento do asteroide.