A Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto recebeu autorização da Anvisa para realizar ensaios clínicos no Brasil com a técnica CAR-T Cell, que utiliza as próprias células de defesa do paciente modificadas em laboratório para combater o câncer no sangue.

Atualmente, a terapia CAR-T Cell está disponível apenas na rede privada brasileira a um custo elevado: o tratamento fica na casa dos R$ 2 milhões por pessoa. Os resultados iniciais são positivos. No entanto, um paciente só é considerado curado após cinco anos sem indício da doença.

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O estudo ainda está em fase preliminar e vai selecionar os 81 participantes. A intenção é ampliar o monitoramento por parte da Anvisa para torná-lo acessível pelo SUS com mais agilidade.

Recebemos o médico Leonardo Gomes, coordenador do Centro de Transplante de Medula Óssea e Terapia Celular da Oncoclínicas do Rio de Janeiro, para discutir esse avanço. Ele explicou como o tratamento funciona e quais foram os resultados atingidos até agora.

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Esse tratamento, utiliza as células do próprio paciente, especificamente as umas células de defesa chamadas de Linfócitos T, elas são retiradas do paciente que tem indicação de fazer esse tratamento, e são levadas ao laboratório para serem geneticamente modificadas, ou seja, entre aspas, elas são ensinadas a expressar determinadas proteínas para que elas possam reconhecer o tumor. Nesse laboratório, essa célula é multiplicada diversas vezes e, depois, essa célula volta para o paciente, ela é injetada novamente na veia do paciente, e lá essa célula modificada já sabe o que procurar, é como se a gente ensinasse ela qual alvo ela tem que destruir. Esse alvo é o tumor.

Leonardo Gomes

Acompanhe a entrevista completa!