O trio de cientistas Moungi Bawendi, Louis Brus e Alexei Ekimov foi contemplado nesta quarta-feira, 4 de outubro, com o Prêmio Nobel de Química de 2023 pela “descoberta e síntese de pontos quânticos”. O anúncio oficial foi feito na Academia Real Sueca de Ciências, em Estocolmo, na Suécia.
Os vencedores receberam uma medalha, diploma e 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 5 milhões na cotação atual).
Leia mais:
- Nobel de Física vai para cientistas que exploram o mundo dos elétrons
- Dupla de cientistas ganha Nobel de Medicina por vacina contra Covid-19
- Prêmio Nobel aumenta valor da premiação para este ano; saiba quanto será
“Os pesquisadores utilizaram principalmente pontos quânticos para criar luz colorida. Eles acreditam que, no futuro, os pontos quânticos poderão contribuir para a eletrônica flexível, sensores minúsculos, células solares mais finas e talvez para a comunicação quântica criptografada”, diz uma postagem do perfil oficial do Prêmio Nobel no X (antigo Twitter).
O que são pontos quânticos?
Os pontos quânticos são cristais minúsculos. Essas nanopartículas já são usados em luzes LED, telas de TV mais modernas com tecnologia QLED e até na medicina (para guiar cirurgiões na remoção de tecidos cancerígeno).
Esse tipo de tecnologia também pode fazer parte de eletrônicos flexíveis, células solares, e muito mais no futuro.
Quem são os ganhadores do Nobel de Química?
- Moungi Bawendi nasceu em Paris e ingressou no MIT (o famoso Instituto de Tecnologia de Massachusetts) em 1990, onde se tornou professor em 1996. Mais tarde, se tornou professor emérito da Universidade de Columbia e trabalha para a Nanocrystals Technology.
- Já Alexei Ekimov nasceu na União Soviética e se mudou para os Estados Unidos. Em 1999, foi nomeado cientista-chefe da Nanocrystals Technology.
- O americano Louis Brus, por sua vez, foi contratado pela AT&T Bell Labs em 1972, onde também estudava nanocristais. Ele foi o primeiro cientista do mundo a provar efeitos quânticos dependentes do tamanho em partículas flutuando livremente num fluido.
Vale recordar que o prêmio de química de 2022 foi para os cientistas Carolyn Bertozzi, Morten Meldal e Barry Sharpless pelo estudo de “química de cliques” (reações que permitem que moléculas se encaixem, criando novos compostos).