Nobel de química vai para trio que descobriu pontos quânticos

Os cientistas Moungi Bawendi, Louis Brus e Alexei Ekimov ganharam o Prêmio Nobel de Química de 2023 pela "descoberta e síntese de pontos quânticos"
Gabriel Sérvio04/10/2023 10h19, atualizada em 04/10/2023 20h56
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O trio de cientistas Moungi Bawendi, Louis Brus e Alexei Ekimov foi contemplado nesta quarta-feira, 4 de outubro, com o Prêmio Nobel de Química de 2023 pela “descoberta e síntese de pontos quânticos”. O anúncio oficial foi feito na Academia Real Sueca de Ciências, em Estocolmo, na Suécia.

Os vencedores receberam uma medalha, diploma e 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 5 milhões na cotação atual).

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“Os pesquisadores utilizaram principalmente pontos quânticos para criar luz colorida. Eles acreditam que, no futuro, os pontos quânticos poderão contribuir para a eletrônica flexível, sensores minúsculos, células solares mais finas e talvez para a comunicação quântica criptografada”, diz uma postagem do perfil oficial do Prêmio Nobel no X (antigo Twitter).

Os cientistas receberam 11 milhões de coroas suecas (ou R$ 5 milhões em conversão direta) pelo prêmio concedido anualmente pela Real Academia Sueca de Ciências.

O que são pontos quânticos?

Os pontos quânticos são cristais minúsculos. Essas nanopartículas já são usados ​​em luzes LED, telas de TV mais modernas com tecnologia QLED e até na medicina (para guiar cirurgiões na remoção de tecidos cancerígeno).

Esse tipo de tecnologia também pode fazer parte de eletrônicos flexíveis, células solares, e muito mais no futuro.

Quem são os ganhadores do Nobel de Química?

  • Moungi Bawendi nasceu em Paris e ingressou no MIT (o famoso Instituto de Tecnologia de Massachusetts) em 1990, onde se tornou professor em 1996. Mais tarde, se tornou professor emérito da Universidade de Columbia e trabalha para a Nanocrystals Technology.
  • Já Alexei Ekimov nasceu na União Soviética e se mudou para os Estados Unidos. Em 1999, foi nomeado cientista-chefe da Nanocrystals Technology.
  • O americano Louis Brus, por sua vez, foi contratado pela AT&T Bell Labs em 1972, onde também estudava nanocristais. Ele foi o primeiro cientista do mundo a provar efeitos quânticos dependentes do tamanho em partículas flutuando livremente num fluido.

Vale recordar que o prêmio de química de 2022 foi para os cientistas Carolyn Bertozzi, Morten Meldal e Barry Sharpless pelo estudo de “química de cliques” (reações que permitem que moléculas se encaixem, criando novos compostos).

Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.