O Exorcista: O Devoto, reboot do clássico de terror de 1973, chegou aos cinemas dos EUA nesta sexta-feira (6) e, como de costume, as reações da mídia embargadas até o lançamento do filme foram divulgadas. Ao que tudo indica, no entanto, a nova sequência não agradou, errando ao tentar repetir a “receita” do original. 

O que você precisa saber: 

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  • Dirigido por David Gordon Green, O Exorcista: O Devoto dá início a uma nova trilogia baseada no original de 1973; 
  • O longa completa 50 anos este ano, com a saga revisitando o demônio Pazuzu, que possuiu Regan MacNeil (Linda Blair); 
  • No Brasil, o filme chega aos cinemas em 12 de outubro, próxima quinta-feira; 
  • A produção conta com o retorno de Ellen Burstyn, que viveu a mãe da Regan, e uma participação especial de Blair — ela também atuou como consultora para o filme da nova saga.   

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Confira abaixo trechos da crítica internacional: 

Embora tente admiravelmente, O Exorcista: O Devoto não chega nem perto de ser tão profundamente assustador quanto o filme que definiu o gênero de William Friedkin.  

Brian Truitt, USA Today. 

O Exorcista: O Devoto é uma reprodução pálida, enxertando a iconografia da franquia em uma produção elegante e sem inspiração, sem uma razão convincente para sua existência ou qualquer coisa de valor a dizer. 

Matt Oakes, Silver Screen. 

O Exorcista: O Devoto não consegue capturar nem um grama do terror e do peso emocional do original do falecido William Friedkin. 

Belen Edwards, Mashable. 

O Exorcista: O Devoto é um conto de terror mais convencional, com pavor constante e emoções misteriosas: é definitivamente assustador, mas carece da emoção do primeiro filme. 

Brian Truitt, USA Today. 

Quão horrível pode ser um filme quando todo o seu propósito é entregar, na hora certa, todos os detalhes que décadas de filmes de possessão demoníaca nos ensinaram a esperar? O diabo pode assumir muitas formas, mas talvez todos possamos concordar que ele nunca deveria ser repetido. 

Owen Gleiberman, Variety 

Um filme que se preparava para ser uma homenagem inteligente e respeitosa a O Exorcista desce às profundezas de uma cópia brega e direto para streaming. 

Nicholas Barber, BBC.com. 

Para alguns fãs de produções de terror (como eu), não é surpresa a recepção negativa da sequência, visto que continuações de filmes do gênero geralmente vão mal justamente por sempre tentar repetir a “receita” da obra anterior, tornando o enredo batido e sem surpresas, ou desconectar completamente a essência da história na tentativa de extrair todo potencial dela, levando-a para outros caminhos que tendem a minar a emoção — não é sempre, mas acontece. 

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O próprio Exorcista II — O Herege, de 1977, não teve o apelo do original — enquanto O Exorcista alcançou uma bilheteria de mais de US$ 440 milhões, a sequência arrecadou US$ 30 milhões. Provavelmente, de todas as sequências e adaptações baseadas na franquia, apenas O Exorcismo de Emily Rose (2005) pode ter conquistado certa popularidade e receita compensatória. 

Cena do filme O Exorcista
‘O Exorcista’ (1973) (Imagem: Reprodução)

O Exorcista é dono da maior bilheteria de filmes de terror 

O ponto é que só de se arriscar em tentar reinventar O Exorcista, é coragem e responsabilidade e tanto. O filme é dono da maior bilheteria de filmes de terror de todos os tempos, recebendo ainda 10 indicações ao Oscar, incluindo de Melhor Filme.  

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O Exorcista: O Devoto acompanha a história de Victor Fielding (Leslie Odom Jr.), pai de uma criança possuída por uma entidade demoníaca. Desesperado, o protagonista pede ajuda a Chris MacNeil (Ellen Burstyn), que lutou pela alma de sua filha Regan (Linda Blair) muitos anos antes.   

A Universal anunciou que The Exorcist: Deceiver, o segundo filme da nova trilogia, tem estreia marcada para 18 de abril de 2025. A direção também ficará sob a responsabilidade de David Gordon Green.