Supercomputador europeu custa bilhões e é aposta contra mudanças climáticas

Supercomputador será utilizado para resolver questões relacionadas às mudanças climáticas, e também pode potencializar o uso da IA
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 06/10/2023 12h53
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Imagem: Timofeev Vladimir / Shutterstock.com
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A empresa francesa Eviden, que faz parte do grupo de cibersegurança, nuvem e computação de alto desempenho Atos, e a alemã ParTec, que atua na supercomputação modular, irão trabalhar em conjunto para o desenvolvimento do primeiro supercomputador exascale da Europa. O anúncio foi realizado nesta quinta-feira (05).

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Investimento pesado

  • A construção fará parte do projeto JUPITER, que prevê um investimento total de 500 milhões de euros, cerca de R$ 2,7 bilhões. 
  • Apenas o computador custará 273 milhões de euros, quase R$ 1,5 bilhão.
  • Ele contará com processadores SiPearl Rhea de arquitetura Arm e tecnologia de acelerador Nvidia.
  • O supercomputador será operado pelo Centro de Supercomputação Jülich, na Alemanha.
  • As informações são da TheNextWeb.
Supercomputador será desenvolvido em parceria entre empresa alemã e francesa (Imagem: Vladimir_Timofeev – istockphoto)

O supercomputador europeu

O JUPITER será o primeiro sistema na Europa a ultrapassar a barreira dos bilhões de cálculos por segundo. O objetivo é apoiar o desenvolvimento de modelos de alta precisão de sistemas complexos, que possam ajudar a resolver questões relacionadas a áreas como mudanças climáticas, pandemias e energia de fusão. A tecnologia também pode potencializar o uso de inteligência artificial.

Um exascale é um sistema de computação de alto desempenho capaz de realizar um bilhão de cálculos por segundo. O desenvolvimento de supercomputadores do tipo apresenta vários desafios técnicos, incluindo consumo de energia, gerenciamento de calor, escalabilidade e otimização de software.

O primeiro supercomputador exascale do mundo é o Frontier, construído pela Hewlett Packard Enterprise (HPE) e alojado no Oak Ridge National Laboratory, no Tennessee, Estados Unidos. Ele foi implantado em 2021 e atingiu a capacidade total em 2022. Agora, deve ser substituído por El Capitan no Laboratório Nacional Lawrence Livermore, na Califórnia, também pela HPE.

Já o supercomputador mais rápido da Europa, de propriedade da EuroHPC JU, é o Lumi (Large Unified Modern Infrastructure). Ele fica no centro de dados CSC em Kajaani, na Finlândia e começou a operar em 2021. A tecnologia é considerada, até agora, a terceira mais rápida do mundo.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.