O cérebro é o órgão responsável por detectar o mundo ao redor e, além de comandar as ações do corpo, sabe identificar quando alguma delas deu errado. No entanto, não se sabe exatamente como esse processo funciona, como se há algum neurônio próprio apenas para detectar erros ou não. Pesquisadores da Universidade de Nova York resolveram, então, desvendar esse mistério.

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Cérebro vs. erros

Já é senso comum na medicina que os neurônios do cérebro conseguem detectar erros, mas ainda não havia ficado claro se existiam células com apenas essa função ou não.

Na pesquisa, os cientistas descobriram uma classe de neurônios que chamaram de “neurônios de erro de previsão”. Estamos falando de células neurais que não só identificam que um erro foi cometido (algo que é perceptível por respostas sensoriais, como sensações ou sons de algo inesperado), mas o que deu errado.

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No entanto, mesmo sabendo disso, ainda não era possível dizer se esses neurônios são exclusivos para essa função.

Imagem: Wirestock Creators/Shutterstock

Testes

  • Então, os pesquisadores se basearam em uma análise anterior que descobriu como o cérebro distingue entre certo e errado. No estudo atual, eles usaram ratos para testar como esses erros eram percebidos pelo órgão e pela atividade neural.
  • Primeiro, eles colocaram os animais em uma situação em que eles escutavam um som específico ao pressionarem uma alavanca. Eles fizeram isso repetidamente, até associar o ato de pressionar ao som.
  • Quando os ratos já estavam acostumados, eles trocaram o som, algo para imitar as respostas sensoriais do corpo humano ao perceber um erro.
  • Segundo o site Medical Xpress, eles descobriram que muitos dos neurônios dos animais (aqueles “neurônios de erro de previsão”) estavam silenciosos até ouvirem o erro.
  • Assim, eles perceberam que esse tipo de neurônio não apenas estava sinalizando que algo deu errado na ação corriqueira, mas o que estava dando errado.
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Imagem: Marko Aliaksandr/Shutterstock

Aplicações

Os cientistas conseguiram se aprofundar na pesquisa sobre como os neurônios funcionam no cérebro diante de erros e dizem que esse tipo de estudo pode ajudar a entender como funciona o processo de aprendizado.

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Eles também se questionam, por exemplo, se existe alguma variação. Por exemplo: músicos especialistas têm essas células mais avançadas do que músicos iniciantes, que cometem mais erros? A resposta fica para as próximas etapas.