Smartphones terão telas que se consertam sozinhas nos próximos anos

Telas capazes de se consertar podem começar a aparecer no mercado até 2028 - seria esse o fim das películas?
Por Júlia Dal Rovere, editado por Bruno Capozzi 19/10/2023 07h04
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(Imagem: Shutterstock - Alexandra Morosanu)
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A empresa de análise CCS Insight fez uma previsão curiosa: aparelhos com telas que se consertam sozinhas podem começar a aparecer no mercado de smartphones dentro de cinco anos, em 2028. A informação partiu da CNBC.

Mas, mesmo sendo uma tecnologia revolucionária para o mercado, essa “autorrecuperação” seria mínima, na superfície da tela. Ou seja, se você deixar seu aparelho cair e fizer aquele estrago (quem nunca?), não haverá milagre.

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Como essa tecnologia funciona?

Seria necessário incorporar na superfície da tela do smartphone um “nano revestimento”. Assim, quando a tela do aparelho sofresse algum tipo de arranhão, esse revestimento iria criar um novo material que reagiria quando exposto ao ar, preenchendo a imperfeição.

Essa tecnologia vem sendo discutida há anos e, segundo especialistas, ela não é impossível de ser feita. O maior desafio é definir as expectativas corretamente.

Empresas que já trabalham com essa tecnologia

  • LG: ela usou a tecnologia do nano revestimento em 2013, em um smartphone chamado G Flex. O aparelho possuía uma tela curvada verticalmente e um revestimento autorreparável na tampa traseira. Contudo, a empresa não explicou como exatamente a tecnologia funcionava na época.
  • Motorola: em 2017, a empresa de telefonia patenteou uma tela feita de “polímero com memória de forma”, que se autorrepara quando rachada, através da regeneração ativada pelo calor.
  • Apple: a empresa também assegurou uma patente para um iPhone dobrável com uma cobertura de tela capaz de reparar-se automaticamente quando danificada.

Contudo, mesmo a tecnologia já existindo, ainda não foi encontrada em um aparelho de sucesso comercial. Existe uma barreira para lançar esses telefones em grande escala.

De um lado, as empresas demandam significativos investimentos em pesquisa e desenvolvimento para assegurar a identificação de novas inovações no campo dos smartphones. Além disso, é indispensável dispor de recursos financeiros para a promoção e comercialização desses dispositivos em larga escala, assim como para garantir que os consumidores estejam adequadamente informados sobre as questões relacionadas aos telefones que podem ser resolvidas sem intervenção manual.

Entretanto, mesmo sem ter o domínio sobre essa tecnologia, as fabricentes estão empenhadas em telas mais modernas. Marcas como a Samsung já fabricam smartphones dobráveis com telas mais avançadas. A Motorola também inovou e apresentou um smartphone conceito com tela enrolável.

Júlia Dal Rovere
Redator(a)

Júlia Dal Rovere é estudante de jornalismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) e redatora no Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.