À medida que o final do ano se aproxima e as empresas planejam suas estratégias de TI para o próximo ano, é crucial considerar quais investimentos em infraestrutura tecnológica merecem prioridade. Afinal, de modo geral, as empresas investem em tecnologia para modernizar o negócio, otimizar os recursos, acelerar novos lançamentos e, claro, se manterem mais competitivas e lucrativas.

Nesse contexto, muito se tem falado de inteligência artificial e estamos todos buscando formas de aplicá-la nos mais diversos desafios, com maior ou menor sucesso prático. Logicamente, as oportunidades que se apresentam com IA tendem a tomar toda nossa atenção. Por isso, gostaria de discutir aqui outros três pilares que muitas empresas ainda não adotaram plenamente e que trariam resultados significativos de curto prazo. Essas estratégias deveriam estar contempladas no orçamento de TI de 2024: DevOps, Cloud e FinOps.

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DevOps

DevOps é uma abordagem de desenvolvimento de software que busca integrar e automatizar os processos de desenvolvimento, teste e implantação de aplicativos, proporcionando uma colaboração mais estreita entre as equipes de desenvolvimento e operações de uma organização. De forma prática, a implementação da disciplina de DevOps acelera o processo de desenvolvimento de software, reduzindo o tempo necessário para lançar novos recursos e atualizações.

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Isso resulta em maior agilidade e capacidade de resposta às demandas do mercado, permitindo que as empresas se adaptem rapidamente às mudanças e atendam às expectativas dos clientes de maneira mais eficaz. Além disso, ao automatizar tarefas repetitivas e promover uma maior colaboração entre os profissionais, a metodologia contribui para a eficiência operacional e a redução de custos em TI.

Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock

Cloud

Um outro investimento que não deveria sair da lista de prioridades das empresas para 2023 é a infraestrutura em nuvem. O cloud computing oferece escalabilidade, permitindo que as empresas aumentem ou diminuam os recursos de acordo com as suas necessidades, o que é extremamente importante em um ambiente de negócios dinâmico. Além disso, a tecnologia oferece acessibilidade global, alta disponibilidade e camadas de segurança avançadas.

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O investimento em nuvem também favorece a adoção de tecnologias emergentes, como inteligência artificial e análise de dados, por exemplo, que podem impulsionar a inovação e a competitividade. Mas para avaliar e otimizar o impacto de seus investimentos em nuvem, a disciplina do FinOps desempenha um papel vital, nosso último ponto de investimento.

Computador quântico
Imagem: shutterstock/JLStock

FinOps

O FinOps é uma prática que combina finanças e operações para gerenciar efetivamente os custos relacionados à nuvem e otimizar os recursos em ambientes de computação em nuvem. A disciplina ajuda as empresas a entender e a controlar os custos de cloud, evitando gastos não planejados ou excessivos — o que resulta em uma redução de custos operacionais e uma alocação mais eficaz de recursos financeiros.

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Concluindo…

Essas três inovações que citei ao longo do texto foram apontadas como tendências por especialistas nos últimos anos, e ainda têm muito potencial de evolução. Dados da Associação Brasileira das Empresas de Software, em parceria com a International Data Corporation (IDC), mostram que a expectativa é que os investimentos em cloud para este ano registrem um aumento de 41% comparado ao ano anterior, passando de US$ 4,5 bilhões.

Tenho reforçado sempre a importância de os investimentos em tecnologia serem feitos de forma bem planejada e de acordo com a real necessidade do negócio. Buscar por uma tecnologia apenas por estar em alta pode não ser o melhor caminho para inovar a sua empresa e gerar valor para seu cliente. A chave pode estar em otimizar recursos já existentes, ou em evoluir modelos de trabalho. Esteja aberto a outras possibilidades.