Qual é a diferença entre os sistemas de navegação GPS, GLONASS e Galileo?

Apesar do GPS ser o sistema de navegação mais conhecido, não é o único. Conheça as diferenças e semelhanças entre GPS, GLONASS e Galileo;
Por Ana Bondance, editado por Bruno Ignacio de Lima 02/11/2023 04h20, atualizada em 08/11/2023 12h57
Satélite GLONASS via ISS-Reshetnev
Satélite GLONASS via ISS-Reshetnev
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O sistema de navegação mais usado atualmente é o GPS. Esse sistema é tão usado que o termo “GPS” se tornou sinônimo de posicionamento no vocabulário de muitas pessoas. E como a maioria dos dispositivos usa o GPS para navegação, muitos sequer conhecem outras opções, como o Galileo ou o GLONASS.

Sendo assim, você pode se perguntar qual razão para ter mais de um sistema de posicionamento. A resposta é simples: segurança nacional. Cada um desses sistemas de satélite está sob o controle de um governo diferente. Portanto, o governo que detém o sistema pode excluir países específicos por conta de seus interesses políticos.

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Qual é a diferença entre GPS, GLONASS e Galileo?

Constelação de satelites GPS ao redor da Terra(1981). Via National Archives and Records Administration/Wikimedia Commons
Constelação de satelites GPS ao redor da Terra(1981). Via National Archives and Records Administration/Wikimedia Commons

O GNSS (Sistema de navegação por satélite) define qualquer constelação de satélites que forneça serviços de navegação, posicionamento e cronometragem em nível regional ou global. Dentre os principais sistemas de navegação estão o GPS, o GLONASS e o Galileo – com mais semelhanças que diferenças entre eles, conforme mostrado abaixo:

GPSGLONASSGalileo
País da operação Força Aérea dos Estados Unidos Forças de Defesa Aeroespacial da RússiaAutoridade Europeia Supervisora do Sistema Global de Navegação por Satélite (União Europeia)
CoberturaGlobal desde abril de 1995Global desde novembro de 2011Global desde 2019
Precisão3.5 – 7.8 metros5 – 10 metros2 – 3 metros
Número de satélites32 satélites distribuídos em 6 planos orbitais, cada um com um mínimo de 4 satélites24 satélites distribuídos em 3 planos orbitais, cada um com 8 satélites uniformemente espaçados30 satélites distribuídos em 3 planos orbitais, cada um com 8 satélites ativos e 2 em reserva
InclinaçãoSatélites orbitam a Terra em uma inclinação de 55°Satélites orbitam a Terra em uma inclinação de 64,8°Satélites orbitam a Terra em uma inclinação de 56°
Altitude dos satélites 20.200 km19.100 km23,222 km
Órbitas por satélite por dia2, cada satélite orbita a Terra uma vez a cada 11 horas e 58 minutos2, cada satélite orbita a Terra uma vez a cada 11 horas e 15 minutos1, cada satélite orbita a Terra uma vez a cada 14 horas e 7 minutos
Uso Civil Civil Civil 
GPS sendo usado dentro de um carro
GPS sendo usado num carro (DenPhotos/Shutterstock)

Normalmente, não é possível escolher qual GNSS usar. Nos Estados Unidos, por exemplo, não há como optar por não usar o GPS – portanto, a única opção é usar o GPS junto com outros sistemas, como o Galileo e o GLONASS. 

A parte boa é que há uma vantagem em usar várias constelações. Ao usar apenas o Galileo, o sistema lhe dará apenas 30 satélites para identificar sua localização. Mas a combinação com o GLONASS quase dobra o número de satélites visíveis. Esses satélites extras indicam as localizações mais rapidamente e com melhor precisão.

Ana Bondance
Colaboração para o Olhar Digital

Ana Bondance, colaboradora do Olhar Digital, é tradutora formada pela UNIMEP e pós-graduanda em literatura infantil pela PUC Minas.

Bruno Ignacio de Lima
Colaboração para o Olhar Digital

Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Com 10 anos de experiência, é especialista na cobertura de tecnologia e conteúdo perene. Atualmente, é colaborador no Olhar Digital.

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