As plantas carnívoras são um dos exemplos da complexidade da natureza. Mas, seriam elas capazes de comer seres humanos? Esta não é uma pergunta nova, e a resposta para ela agora é possível graças a um experimento conduzido por um especialista na área.

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As plantas carnívoras

  • Atualmente, existem cerca de 630 espécies de plantas carnívoras conhecidas pela ciência, de acordo com o Museu de História Natural de Londres;
  • Elas têm a capacidade de atrair pequenos animais, incluindo insetos, aracnídeos e até mesmo anfíbios, répteis e aves, capturar, digerir e utilizar os nutrientes de suas presas;
  • Mas, isso funcionaria quando o assunto é carne humana?
  • Barry Rice queria responder esse questionamento e, por isso, alimentou alguns espécimes com pedaços de pele arrancados de seus próprios dedos dos pés devido a uma infecção.
Plantas carnívoras (Imagem: JORGE CAYUELA MULET/Shutterstock)

As informações são do site IFLScience.

É possível que elas comam um ser humano?

Para realizar o experimento, Rice cortou quatro pedaços de pele de tamanho igual e os colocou na boca de quatro plantas carnívoras. Uma semana depois, o pesquisador foi conferir o que havia restado.

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Ele afirma que esperava que os pedaços tivessem permanecido relativamente intactos, mas ficou surpreso ao verificar que eles foram quase completamente digeridos.

A conclusão é que as plantas carnívoras podem sim comer pequenos pedaços de tecidos humanos. Mas, é claro que o discurso muda se pensarmos em uma pessoa inteira. Provavelmente, as plantas não conseguiriam quebrar algo mais resistente, como ossos ou cartilagem. Além disso, é altamente improvável que fosse possível engolir uma pessoa adulta.

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Uma das explicações para essa limitação vem da própria evolução das plantas. Essas espécies evoluíram para comer pequenos animais, possibilitando a sobrevivência em ambientes carentes de nutrientes. Elas ainda dependem da fotossíntese e de seu sistema radicular como outras plantas, mas precisam digerir os animais para obter nutrientes vitais como nitrogênio, fosfato, potássio, ferro e manganês, que nem sempre podem estar prontamente disponíveis no solo.