Um estudo publicado recentemente pelas universidades federais do Rio Grande do Norte (UFRN) e do Paraná (UFPR) mostra que o uso de inteligência artificial (IA) em colaboração com as redes sociais pode ajudar a monitorar e conservar os corais no Brasil.

Utilizando redes neurais de IA, os pesquisadores conseguiram identificar padrões e realizar previsões sobre os corais.

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Luiz Oliveira, pesquisador da UFPR e um dos responsáveis pelo projeto, explica que as redes neurais utilizadas foram treinadas a partir da exposição a 1.400 imagens de corais obtidas no Instagram @deolhonoscorais para aprenderem sobre suas formas e cores.

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Essas redes são feitas por unidades interconectadas, chamadas neurônios artificiais, e, uma vez treinadas, podem fazer previsões ou identificar padrões em novos conjuntos de dados.

Luiz Oliveira, pesquisador da UFPR.

Após o modelo de IA ser treinado, a tecnologia forneceu indicações precisas sobre onde estavam os corais em outras imagens que tinham organismos isolados e outros elementos. Isso demonstra que a tecnologia é capaz de identificar fotografias que contêm mais espécies de corais.

Guilherme Longo, pesquisador da UFRN e autor do estudo, explica que esse projeto abre novas possibilidades como “processamento rápido de grandes conjuntos de imagens até o monitoramento de mudanças nos ecossistemas em tempo real, identificando, por exemplo, a chegada ou desaparecimento de uma espécie”.

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Como relata o Nexo, tendo esse potencial em vista, a nova fase da pesquisa consistirá em integrar as redes neurais de IA com o perfil do Instagram @deolhonoscorais, destinado a monitorar a saúde dos corais brasileiros. Dessa forma, as pessoas conseguirão contribuir com imagens e receber informações sobre qual espécie que fotografaram.