Robôs com músculos? Essa é a nova aposta da ciência

"Músculos" dos robôs podem aumentar as funcionalidades e diminuir o consumo energético. Veja como a tecnologia funciona
Por Vitoria Lopes Gomez, editado por Bruno Capozzi 14/11/2023 05h00, atualizada em 16/11/2023 21h24
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Os robôs já podem fazer quase tudo e, agora, também poderão ter músculos. Com a popularização dessas tecnologias para as mais variadas finalidades, que vão desde realizar atividades domésticas até participar de missões no espaço, as empresas procuram soluções sustentáveis para fazer seus produtos funcionarem melhor. E os músculos robóticos podem permitir ainda mais aplicações.

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Robôs com músculos?

  • Na verdade, os músculos são atuadores, dispositivos que produzem movimento ou força a partir de energia elétrica, hidráulica ou outras.
  • Eles são compostos de materiais em seu interior e são famosos por isso. Os atuadores feitos de materiais macios, por exemplo, são conhecidos por serem silenciosos e biodegradáveis.
  • A forma de funcionamento é relativamente simples: um exemplo são atuadores feitos de filmes plásticos, preenchidos com óleo e revestidos de plásticos condutores.
  • De acordo com o site Tech Xplore, quando eles são submetidos a uma ativação elétrica, o filme desloca o fluido, contrai a bolsa de plástico e, assim, cria uma contração, semelhante à de um músculo humano.
  • Essa técnica já era usada para criar o movimento em robôs, mas só funcionava a curto prazo. Uma nova pesquisa descobriu como fazer para continuar por mais tempo.
  • O pesquisador Ion-Dan Sîrbu, da Scuola Superiore Sant’Anna, começou a trabalhar com o tema durante um período de pesquisa na Universidade Johannes Kepler, em Linz, na Áustria.
  • O artigo foi publicado na revista Nature.
atuadores
Músculos Artificiais e Atuadores. Crédito: Scuola Superiore Sant’Anna Pisa

Aplicações da invenção

O funcionamento é semelhante, mas, para isso, os pesquisadores tiveram que combinar outros materiais no interior dos atuadores. Assim, foi possível usar materiais criando essa reação por um longo período

A equipe trabalhou em modelos teóricos e testes e constatou que ela funciona. Agora, pode ser usada em robôs de diversas áreas, reduzindo o consumo de energia e, possivelmente, os tornando mais acessíveis.

Vitória Lopes Gomez é jornalista formada pela UNESP e redatora no Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.