Super-radar pode “ler” nuvens em 3D e prever granizo no RJ

O super-radar Vaisala WRS400 custou R$ 6,8 milhões, vem da Finlândia e vai garantir maior precisão na previsão de fenômenos climáticos
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Ignacio de Lima 17/11/2023 10h57, atualizada em 20/11/2023 21h08
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

As mudanças climáticas deixaram ainda mais difícil o trabalho de prever as condições meteorológicas. A onda de calor extremo registrada no Brasil em 2023, por exemplo, também causa tempestades mais intensas. Por isso, a prefeitura do Rio de Janeiro vai utilizar um super-radar meteorológico para tentar minimizar impactos de fenômenos climáticos inesperados.

Leia mais

Super-radar meteorológico

  • As autoridades da cidade do Rio de Janeiro anunciaram nesta quinta-feira (16) a compra do Vaisala WRS400, um equipamento de ponta voltado para a previsão do tempo de curto prazo.
  • O super-radar custou R$ 6,8 milhões e vem da Finlândia.
  • O objetivo é que ele esteja instalado e operando até dezembro no Maciço do Mendanha, na Zona Oeste.
  • As informações são do G1.
Super-radar meteorológico Vaisala WRS400 (Imagem: divulgação/Vaisala)

Maior precisão na previsão do tempo

A prefeitura do Rio de Janeiro já contava com um radar específico para chuvas – o primeiro do Brasil – desde 2010. Mas o aparelho, de banda C, “lia” as nuvens na horizontal. Em outras palavras, não era possível saber o tamanha da nuvem, segundo Marcus Belchior, chefe-executivo do Centro de Operações Rio (COR).

Já o Vaisala usa a banda X, que “varre” o céu na horizontal e na vertical. O que antes aparecia na tela como um disco achatado ganhará volume na leitura do novo equipamento.

Os meteorologistas do Alerta Rio fazem as predições usando todos os radares do Brasil. Com a implantação desse novo radar, a gente consegue ter uma previsão mais no detalhe e no chamando curto prazo.

Marcus Belchior, chefe-executivo do Centro de Operações Rio (COR)

O super-radar meteorológico ainda consegue captar a presença de gelo nas nuvens. Isso significa que as autoridades podem emitir alertas com antecedência sobre a possibilidade de chuva de granizo em determinadas regiões da cidade.

Além do equipamento, a prefeitura do Rio de Janeiro também anunciou uma outra novidade: a mudança dos estágios operacionais da cidade. As classificações de “atenção”, “alerta” e “mobilização” agora dão lugar a uma escala de números e cores de 1 a 5, dependendo da intensidade dos fenômenos climáticos.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Com 10 anos de experiência, é especialista na cobertura de tecnologia. Atualmente, é editor de Dicas e Tutoriais no Olhar Digital.